O Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ajustou sua estimativa de produção de milho na Argentina através do adido agrícola de Buenos Aires para cinco milhões de hectares, o que seria 200 mil hectares que a projeção oficial. Ainda assim, a expansão de superfície para o cereal de verão na Argentina seria de 6%.
A pequena correção se dá em função das grandes áreas inundadas de lavouras em todo o país vizinhos. Também reflete o preço menor pago ao produtor em comparação para a soja. Por outro lado, a Argentina possui impostos de exportação para a soja e não possui no caso do milho. Portanto, o segundo é mais atraente para o agricultor do que o primeiro e não sofrerá com queda de superfície.
Na maior parte dos casos, onde o milho é produzido próximo aos portos, ele é muito mais lucrativo do que soja em função dos impostos. Mas os gastos com produção do milho são cerca de 50% mais altos do que com a oleaginosa.
O adido agrícola do USDA ainda prevê que as exportações argentinas de milho serão de 29 milhões de toneladas na temporada 2017/18. Já a previsão de consumo interno para o mesmo período é de 12,5 milhões de toneladas. O relatório do adido ainda destaca que será difícil de precisar o ritmo das vendas em função da alta capacidade armazenagem nos silo bolsas, fazendo com que o produtor tenha a possibilidade de esperar muito tempo para vender.
A previsão para estoques finais de milho argentino é de 4,5 milhões de toneladas, o que é 1,5 milhão de toneladas menos que a previsão inicial do USDA. Mais uma vez em função da produção menor que o esperado e estoques iniciais mais altos que inicialmente estimados.