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Produção de arroz na região deve ultrapassar a super safra de 2017

Região Norte de Santa Catarina, registrou um aumento de aproximadamente 3% na produção de arroz deste ano


A região Norte de Santa Catarina, que inclui Jaraguá do Sul, Massaranduba, Guaramirim, Joinville e outros oitos municípios, registrou um aumento de aproximadamente 3% na produção de arroz deste ano, em comparação com a safra anterior, já considerada acima da média. Os números foram apresentados por engenheiros da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).

No ano passado, a safra rendeu quase 170 mil toneladas de arroz. Seguindo essa média, a projeção é que neste ano a colheita resulte em 175 mil toneladas - incluindo as regiões de Blumenau e Itajaí. O relatório oficial da safra de 2018 deve ser divulgado na próxima semana. De acordo com a extensionista rural da Epagri, Maria Luiz Tomazi Pereira, esse aumento ocorreu por diferentes fatores. "Diferente da outra safra, não tivemos problemas causados por eventos da natureza, como estiagem ou chuva em excesso. Isso ajudou", explica Maria.

A extensionista explica que mesmo com perdas na colheita do ano passado, o resultado final fechou com uma super safra. "Os produtores começam a colher a ressoca em maio, então ainda não fechamos essa fase para dar um parâmetro geral da produção de arroz neste ano", aponta Maria. Na região Norte, Guaramirim foi a cidade que mais produziu arroz neste período, segundo o relatório.

Massaranduba, considerada a capital catarinense do cereal, também se destaca pela quantidade e área plantada, com seis mil hectares. Conforme Maria, a região do Alto Vale foi a maior produtora no estado. Os números da região ainda não foram divulgados.

Valor da saca preocupa

Enquanto o valor mínimo indicado para a comercialização da saca de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é R$ 36,01, o saco de 50 quilos vem sendo vendido por aproximadamente R$ 33, conforme a extensionista da Epagri, Maria Luiz Tomazi Pereira.

O valor mínimo, como ela explica, é definido para que, em caso do produtor não ter lucros, também não ter prejuízos. No ano passado, o valor da saca ficou entre R$ 43 e R$ 45. "Com a super safra, o comércio nacional e a exportação não conseguiram absorver tal produção por completo, então ainda há muito estoque. A tendência é a oferta diminuir nos próximos meses, já que não há nova colheita e, assim, o preço ser normalizado", comenta.

Para o presidente da Cooperativa Juriti, Orlando Giovanela, o valor da saca já começou a reagir. "Muitos navios carregados de arroz estão saindo do Brasil com destino ao exterior, o dólar também aumentou. Outro fator é que a produção no Rio Grande do Sul diminuiu", enfatiza Giovanela. A produtividade na Cooperativa Juriti, localizada em Massaranduba, segundo o presidente, também ficou entre 3% e 5% maior que no ano passado. "Foi uma safra muito boa", completa.

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