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Produção de carne brasileira será recorde

As aves vão responder pela maior parte do crescimento da oferta de proteína animal no País


Aves vão responder pela maior parte do crescimento da oferta de proteína animal no País. As aves lideram produção de carnes em 2007 e no ano que vem. Segundo levantamento da Safras & Mercado, o aumento das exportações desses produtos impulsionará o crescimento da produção de frango a taxas superiores que a de suínos e bovinos. Desde 2002 que o frango não superava o boi.

Neste ano, a produção avícola será 9,5% maior, enquanto a bovina, 1,6% superior e a suína eleva-se apenas 0,8%. Com isso, o País produzirá 22,7 milhões de toneladas de carnes (4,9% a mais que em 2006). Para 2008, a serão 23,15 milhões de toneladas, variação de 1,98%, com os frangos na dianteira.

"A demanda externa firme e a interna em recuperação indicam a manutenção do crescimento da produção de carnes no Brasil", afirma o analista Paulo Molinari, da Safras & Mercado. Segundo ele, o "boom" das aves foi determinado pela recuperação dos problemas sanitários mundiais de 2006 - que reduziram as exportações na ocasião - e a menor oferta de boi, decorrente de descarte de matrizes e de um abate de boi gordo superior à capacidade de reposição. Diante deste quadro, a perspectiva é de preços mais altos para ambas as carnes.

Em 2007, a produção de carne de frango atingirá 10,2 milhões de toneladas - 44,9% do total - e as exportações 3,18 milhões de toneladas (17,5% a mais que no ano passado). Segundo o analista, em 2006 havia a estimativa de que as aves superassem as carnes bovinas, mas houve um aumento no confinamento de bois, que impediu a mudança no ranking. Para 2008, a consultoria projeta 10,4 milhões de toneladas de frango, ou 1,96% maior. "Tudo depende ainda da demanda da exportação, da taxa cambial e do preço do milho".

Para os bovinos, a estimativa é de uma produção de 9,75 milhões de toneladas, com vendas externas de 2,58 milhões de toneladas - alta de 8,8% em relação a 2006. Molinari explica que nesta década o Brasil aumentou a demanda de exportação de forma constante - 340% no período -, elevando a necessidade de abate de boi gordo em 3 a 4 milhões de cabeças a mais por ano. Como não ocorreu reposição na mesma velocidade, o a oferta está em ritmo menor e, por isso, em sua avaliação, será necessária a retomado dos investimentos nos próximos dois anos. "Por esse motivo o bezerro caro no ano que vem dará suporte ao boi e ao frango", diz.

O "patinho feio" é a carne suína. Molinari diz que a produção não cresce no ritmo das demais porque o Brasil é dependente da Rússia - que segue embargando a produção de Santa Catarina - e não há uma melhora na demanda interna. A produção deste ano será de 2,74 milhões de toneladas e 2,77 milhões de toneladas em 2008 - alta de 1%.

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