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Produção de carnes da China crescerá menos em 2005


A produção de carne da China pode crescer a um ritmo mais lento este ano em virtude das medidas do governo para desacelerar a economia, informou a Beijing Orient Agribusiness Consultant. A produção de carne de aves, de suínos, de gado e de carneiro pode crescer 3,3% para 75 milhões de toneladas em 2005, comparado com um aumento de 4,7% no ano passado, informou relatório da Beijing Orient, um instituto de pesquisa financiado pelo Ministério da Agricultura da China.

A economia da China cresceu 9,5% no ano passado, o ritmo mais acelerado em oito anos, ajudando a puxar o crescimento de renda e aumentando o consumo de carne. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal órgão de planejamento econômico da China, estabeleceu a meta de crescimento econômico para 2005 em 8%, visto que o governo reitera as medidas para inibir investimentos e apertar os empréstimos.

Menos crédito para a indústria

"Com os controles macroeconômicos do governo, o crescimento econômico deve desacelerar", disse Wang Jun, analista de animais vivos e ração da Beijing Orient. "O apoio ao setor de processamento de carne pode ser reduzido. Algumas empresas de maior porte podem associar-se com as menores e as de porte médio podem ter dificuldade para sobreviver", disse Jun.

Perfil de consumo

A carne de porco compreende cerca da metade da produção de carne da China, a de frango responde por aproximadamente 25%, e as de carnes bovina e de carneiro, pelo restante. As exportações de porco capado dobraram no ano passado e as de carnes bovina e de carneiro subiram 5%, já que os consumidores rejeitaram a carne de frango após o surto de gripe de aves no primeiro semestre do ano passado, disse Wang. A produção mais lenta de carne pode levar à menor demanda para ração, incluindo para farelo de soja. A China compra cerca da metade de suas necessidades de soja do exterior. A semente oleaginosa é principalmente processada em farelo de soja para ração.

A demanda menor da China, maior compradora de soja do mundo, pode puxar os preços da soja para baixo na Bolsa de Chicago, onde os contratos a futuros da soja declinaram 9% nos últimos três meses.

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