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Produção de grãos também será recorde em MG

A safra mineira de grãos 2006/07 deverá ser 10% maior que a anterior


A safra mineira de grãos 2006/07 deverá ser 10% maior que a anterior, de acordo com o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa é que a produção no estado chegue a 9,6 milhões de toneladas. Apenas o milho, principal grão cultivado em Minas Gerais, deverá ter uma colheita de 6,1 milhões de toneladas - incre-mento de 16,5%. Já a perspectiva para soja é uma alta de 3,1%, fechando o ano com 2,5 milhões de toneladas.

Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana, a causa fundamental para esse aumento da produção de grãos foi o fator climático. Para ele, o crescimento da demanda internacional, principalmente, por parte dos Estados Unidos - que anunciou intenção em aumentar sua fabricação de etanol e vai precisar de milho para o combustível - não tem haver com a maior produção de grãos no estado. "A decisão de plantar aconteceu antes dessa demanda. Quando foi plantada esta safra, os preços, inclusive, não estavam bons", afirma.

Viana lembra que assim como aconteceu no Brasil, em Minas Gerais também houve uma diminuição da área plantada. "A intenção para este ano foi de plantar menos. Se fosse a mesma produtividade do ano passado teríamos uma redução da safra", reitera. Nesta safra, a área cultivada pelos agricultores mineiros deverá ser de 2,9 milhões de hectares - queda de 4,4% em relação à anterior.

Minas Gerais é o quinto produtor de grãos no Brasil, atrás de Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Goiás. O estado, de acordo com o secretário, utiliza com pouca intensidade a safrinha. Enquanto houve crescimento na produção da soja e do milho em Minas Gerias, inclusive com o aumento também de seus valores - produção e preço não subiam juntos há 37 anos - a safra do feijão foi menor. Sua colheita deverá registrar queda de 4,2% no estado.

Para este ano, o estado - que é o segundo produtor nacional do grão - deverá produzir 514 mil toneladas. Segundo a Conab, a redução pode ser explicada porque o preço pouco atrativo do feijão durante a implantação da safra, fez com que muitos produtores optassem pelo milho. "Faz parte do interesse do mercado. Se a cana-de-açúcar tiver em alta, ela vai ser plantada no território do milho. Se ela baixar de preço, o milho volta", exemplifica.

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