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Produção de oleaginosas pela agricultura familiar será ampliada em MG

Mamona e girassol são destinados a produção de biocombustíveis


O plantio de mamona e girassol pela agricultura familiar para a produção de biocombustíveis vai ganhar reforço neste ano, com a expansão da atividade em outras regiões do Estado. Hoje o cultivo das oleaginosas para a usina de biodiesel da Petrobras, em Montes Claros, no Norte de Minas, é praticado por pequenos produtores de 74 municípios mineiros, localizados no Norte, parte do Vale do Jequitinhonha, Centro-Oeste e Sul. A informação é do coordenador técnico estadual de Culturas e Biocombustíveis da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), o engenheiro agrônomo Waldyr Pascoal Filho.

O coordenador informa que a empresa pública mineira já participa das negociações para a ampliação do Projeto de Biocombustíveis, incluindo agricultores do Noroeste do Estado e do Projeto de Irrigação Jaíba, no distrito de Mocambinho, município de Jaíba, no Norte de Minas. “Estão sendo realizadas negociações para a inclusão de mais agricultores familiares, principalmente os dos municípios de Paracatu, João Pinheiro e Unaí, além dos que estão no Projeto Jaíba”, explicou.

Desde 2007, quando assinou o primeiro contrato com a Petrobras, a Emater-MG presta assistência técnica aos agricultores que produzem e fornecem a matéria prima para a fabricação de biocombustível. O atendimento inclui orientações técnicas, cadastramento e a distribuição de sementes e sacarias para a colheita, doadas pela estatal federal.

No último contrato firmado em 12 de novembro de 2009 com a Petrobras, a Emater-MG se comprometeu, até novembro de 2011, a tornar os agricultores das regionais Divinópolis, Curvelo, Janaúba, Januária, Montes Claros, Salinas, São Francisco e Passos aptos a produzir e fornecer oleaginosas de forma sustentável para o abastecimento da usina de Montes Claros. O projeto prevê o atendimento no Estado de 4.600 produtores por ano, em uma área de 9.200 hectares e produção de 13.800 toneladas de grãos. Para trabalhar o projeto, a Emater-MG conta com uma equipe técnica exclusiva de 40 extensionistas e dois coordenadores, sendo um regional e um estadual.

De acordo Waldyr Pascoal, a remuneração da produção de oleaginosa para a fabricação de biocombustível obedece a uma política de preço mínimo, estabelecida pela Petrobras, para que o agricultor não tenha prejuízo. “O preço do quilo da mamona é garantido pela Bolsa de Cereais, já que é uma commodity, enquanto o do girassol acompanha o da soja, outra commodity”, explica.

Cadastramento

Para a safra de verão 2011, a Emater-MG já iniciou o cadastramento dos agricultores familiares que irão plantar mamona e girassol no Norte de Minas. Também cadastrou os produtores do Oeste e Sudoeste de Minas que irão produzir girassol na entressafra ou safrinha, período que corresponde aos meses de fevereiro a março.

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