Produção mundial de açúcar deve chegar a 194,8 MI/ton
O Brasil é o País que mais diminuiu sua produção em larga escala
As safras recordes na Tailândia e Índia fizeram a INTL FCStone elevar suas estimativas para a temporada 2017/18, que deve resultar em uma produção de 194,8 milhões de toneladas de açúcar mundialmente, registrando um aumento de 8,4% em comparação com o último ciclo. A nova revisão da consultoria afirma que o saldo global deve contabilizar um superávit de 10,8 milhões de toneladas.
Mesmo com a demanda mundial fixada em 183,9 milhões e estoques estimando 85,2 milhões de toneladas, a produção nesses dois países não para de crescer. João Paulo Botelho, analista de mercado da INTL FCStone, afirma que os números que são publicados a cada quinzena mostram uma produtividade surpreendente. "A safra indiana de açúcar continua superando todas as anteriores e já passou de 31 milhões de toneladas até o final de abril. O recorde anterior de produção, para a toda a temporada, era de 28,4 milhões de toneladas", comenta.
Na contramão, o Brasil é se destaca mundialmente por ser o País que mais vem reduzindo a sua produção em larga escala. "Sem grande redução na moagem, o principal motivo para a queda na produção da região é a maior destinação da matéria-prima para o etanol, em detrimento do açúcar. Esta mudança no mix produtivo é resultado do aumento dos preços do petróleo, combinados com as baixas cotações do açúcar no mercado internacional", avalia Botelho.
De acordo com a INTL FCStone, o aumento da área plantada nos países da União Europeia, causado pelo fim do regime de cotas e o clima positivo na última safra, fez com que as exportações dessa região do mundo também aumentassem consideravelmente. "Foi este aumento na produção do bloco que permitiu suas exportações alcançarem 1,85 milhões de toneladas entre outubro e março de 2017/18. Este volume representa aumento de mais de 3 vezes em relação ao mesmo período na temporada anterior", finaliza.
