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Produção mundial de milho será 3,4% menor na safra 2017/2018

As fortes chuvas que atingiram os Estados Unidos, maior produtor e exportador do cereal, comprometeram a produção do país


A partir de dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), analisados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), a produção mundial de milho 2017/2018 será 3,4% menor que a safra anterior, situando-se em 1,039 bilhão de toneladas, volume inferior ao necessário para suprir o consumo mundial, estimada em 1,065 bilhão de toneladas, o que pode contribuir para elevar os preços do cereal no mercado internacional, em 2018.

Chuvas afetam o milho

As fortes chuvas que atingiram os Estados Unidos, maior produtor e exportador mundial, comprometeram a produção do país, registrando um declínio de 5,7% na colheita de milho ressaltam Maximiliano Miura e Silene Maria de Freitas, pesquisadores do IEA, responsáveis pela análise. Com uma demanda doméstica praticamente igual à da safra anterior, espera-se que, em 2018, os estoques estadunidenses de milho sejam reduzidos, assim como o volume do cereal destinado à exportação, o que abre espaço para os milhos argentino e brasileiro, alertam os pesquisadores.

Produção nacional de milho

Ainda de acordo com o órgão de pesquisa americano, a produção do Brasil, segundo maior exportador mundial, deve recuar 3,6%, em relação à safra anterior em decorrência de queda na produtividade. A estimativa para intenção de plantio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que a produção de milho na safra de verão seja menor, situando-se entre 13% e 17% abaixo da safra anterior (2016/2017), devido à baixa cotação dos preços desse cereal. No entanto, alertam os pesquisadores do IEA, “há perspectivas de melhoria de preços para o milho até o primeiro trimestre de 2018, quando inicia a safra da seca pois na B3 os contratos futuros de milho, com vencimento em março de 2018, registram, uma alta de 9,7% até o final do primeiro trimestre de 2018”.

Comercialização do milho

Dentre os principais corn players, somente a Argentina, terceiro maior exportador mundial de milho, registra, nas estimativas do USDA, aumento de 2,4%, no volume produzido de milho, com relação à safra 2016/2017. Portanto, o destino final das cotações, determinante para a decisão de plantio da safra de verão fica, ainda, a depender do escoamento dos grãos produzidos na safra passada de inverno 2016/2017 e das estimativas de intenção de plantio da próxima safra de inverno, sobretudo na região do cerrado.

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