A produção nacional de pintos de corte em março totalizou 347,4 milhões de unidades, alta de 13,6% na comparação com igual mês de 2003, segundo levantamento da Apinco (Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte). Em fevereiro, a produção do setor havia somado 320,2 milhões de cabeças.
O forte crescimento se deve a uma base de comparação baixa, segundo o secretário da Apinco, José Carlos Godoy. "Março teve a menor produção de 2003", disse ele, observando que naquele mês a avicultura enfrentava uma crise por conta dos preços elevados do milho, principal insumo do setor.
Ele disse que o incremento em março não está relacionado à expectativa de aumento nas exportações de frango por causa dos casos de influenza aviária em países da Ásia e nos Estados Unidos. Godoy argumentou que a produção não está crescendo em excesso, mas o "consumo é que está ruim". A epidemia abriu espaço para o frango brasileiro no exterior, mas os embarques ainda não cresceram tanto quanto esperavam alguns segmentos.
Godoy acrescentou que a produção está se mantendo. "Os números mostram que não está havendo redução do alojamento". Essa situação é preocupante, segundo Godoy, porque a maior parte da produção de frango fica no mercado interno, onde o consumo segue retraído.
Em março passado, a produção de carne de frango no país somou 691 mil de toneladas, alta de 9,52% sobre igual mês de 2003, segundo a Apinco. Com a exportação de 184 mil toneladas, a disponibilidade no mercado interno ficou em 506 mil toneladas, aumento de 13,45% em relação a março do ano passado.