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Produtor americano pode substituir lavouras


Os cortes dos subsídios à agricultura propostos pelo governo Bush provavelmente afetarão as decisões dos produtores na hora de plantar, se o Congresso aprovar o projeto, disseram representantes do governo e do setor americano. "Como conseqüência de algumas destas mudanças, haverá certa substituição de uma cultura por outra", afirmou Keith Collins, chefe da equipe de economistas do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (Usda).

O Usda apresentou um projeto de gradativa redução dos subsídios agrícolas de US$ 587 milhões no exercício fiscal de 2006, ou de US$ 5,7 bilhões ao longo de dez anos. O departamento disse que conseguiria reduzir o volume de crédito cortando em 5% os pagamentos diretos aos produtores, estabe-lecendo um teto de US$ 250 mil por produtor para os subsídios agrícolas e eliminando as brechas legais que atualmente permitem que o total suba para US$ 360 mil.

Jon Doggett, vice-presidente da Associação Nacional de Produtores de Milho, disse temer que a redução deste teto possa levar os cotonicultores a plantar milho, provocando queda dos preços internacionais.

Isto, segundo Doggett, ocorre porque os produtores de algodão perderiam um programa básico de ajuda governamental - certificados - que oferece estabilidade dos preços aos produtores. A proposta do governo Bush acabaria com o programa de certificados, que pode ser usado pelos produtores da maior parte das commodities, mas é utilizado com mais freqüência por aqueles que cultivam algodão.

John Maguire, vice-presidente do Conselho Nacional do Algodão, disse que a mudança de culturas poderia ocorrer já neste ano, por causa da incerteza gerada pelas propostas relativas aos cortes de verbas.

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