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Produtor de alho brasileiro pede renovação de direito antidumping

Devido ao baixo custo de mão de obra na China, dez quilos do alho chinês custa US$ 9.0


Representantes dos produtores de alho do país pediram o apoio da Comissão de Agricultura da Câmara (CAPADR), dia 09 de agosto, para que a tarifa de importação do alho chinês que entra no Brasil seja renovada por mais cinco anos. Segundo o diretor presidente da Associação Nacional dos produtores de alho (ANAPA), Jorge Kiryu, devido ao baixo custo de mão de obra na China, dez quilos do alho chinês custa US$ 9.0, já considerando a tarifa de US$ 4.8, ficando abaixo até mesmo do custo de produção no Brasil, que está hoje em torno de US$ 12.0. "Em 1991, quando iniciaram as importações chinesas no país, os anos seguintes foram de total quebradeira para o setor. Só em 1996, com a cobrança do direito antidumping, os produtores brasileiros obtiveram uma margem de renda que permitiu a sua sobrevivência", informou ele.

Durante a reunião, os representantes apresentaram dados e informações que comprovam a veracidade da prática de dumping pelos chineses, principalmente entre agosto e setembro, logo após a colheita na China, que ocorre entre maio e junho. O setor pediu o apoio político da CAPADR no movimento de renovação da cobrança. "A tarifa venceu em dezembro de 2006 e foi prorrogada de forma temporária ao longo de 2007. Atualmente o setor cresce com alta produtividade e rentabilidade em suas lavouras e a renovação se faz necessária para que esse quadro favorável continue", disse Kiryu.

Além disso, números da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EpagriI), demonstraram que a cultura do alho foi responsável pela geração de mais de 32 mil empregos direto no campo e 60 mil na cadeia produtiva, na safra 2005/2006, "com a existência da tarifa a área de produção é mantida, não abrindo ainda espaço para que os produtores desistam da cultura. Se não houver essa tarifa, o preço do alho será irrisório no Brasil, o que pode trazer sérios danos a produção brasileira e o desemprego em massa no campo", afirmou o parlamentar, presente na reunião, Valdir Colatto (PMDB/SC).

Participaram, ainda, o presidente da CAPADR, deputado Marcos Montes (DEM/MG), a deputada Jusmari Oliveira (PR/BA) e o deputado Zonta (PP/SC) que se manifestou favorável a renovação da cobrança, "temos que proteger o agricultor brasileiro, a cultura dessa olerícola antes representava 80% do consumo nacional e agora apenas 20%, é importante para o país a valorização do produto interno". Ao fim do encontro, os parlamentares da Comissão, prometeram articular no Congresso Nacional uma mobilização para evitar que os produtores de alho do Brasil não tenham prejuízos com a importação do alho chinês e se mantenham no campo, mantendo os milhares de emprego pelo País. As informações são da assessoria de imprensa da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

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