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Produtor de café pede ao governo equalização dos juros de empréstimos


O setor cafeeiro solicitou nesta quinta-feira (06-05) ao governo federal a equalização das taxas de juros cobradas nos empréstimos do setor. A equalização é a diferença entre os juros praticados no mercado (taxa Selic) e os juros do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Para atender os produtores, será necessário ao governo desembolsar R$ 60 milhões. A fonte desses recursos ainda não está definida, pode vir do Fundo de Amparo ao Trabalhador ou da Poupança Rural, por exemplo.

A liberação dos recursos para a equalização depende de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Nesta sexta-feira, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, se reúne com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para levar a proposta do setor, discutir a liberação de crédito para o setor agropecuário e o Plano Safra 2004/05.

Na reunião desta quinta do Conselho Deliberativo da Política do Café no Ministério da Agricultura, os produtores também sugeriram a realização de leilões de opção de compra dos estoques do governo da safra passada. No total, são 980 mil sacas com preço mínimo de R$ 157 por saca de 60 quilos. Segundo o diretor do Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Comercialização do Ministério, Vilmondes Olegário, o estoque deve ser destinado ao mercado externo.

“Uma das formas de alavancar recursos é a venda de estoques. Neste momento de entressafra existe espaço para vendas sem baixar os preços”, afirmou. O cronograma, com volume e data dos leilões, deverá ser definido até esta sexta, segundo o diretor. De acordo com Olegário, o período para a realização dos leilões, sem alterar os preços de mercado, seria nos próximos 40 ou 60 dias.

Conforme o diretor, o setor cafeeiro demanda financiamentos de cerca de R$ 3 bilhões para estocagem, colheita, custeio e comercialização. O setor dispõe de R$ 500 milhões de recursos do Funcafé. Há também R$ 400 milhões de Empréstimos do Governo Federal (EGF) e da Linha Especial de Comercialização (LEC), anunciados pelo governo, mas ainda não liberados.

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