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Produtor de carne deve atender consumidor exigente

Tema foi abordado no Seminário Carne de Qualidade, durante a ExpoLondrina 2011


O gosto do consumidor, que vem a cada dia exigindo qualidade na mesa, tem inspirado a cadeia produtiva da carne a aprimorar os produtos oferecidos ao mercado.

O tema foi abordado no Seminário Carne de Qualidade, parte da agenda técnica da ExpoLondrina 2011, realizado na manhã desta terça-feira, dia 12, no auditório Milton Alcover. A promoção é da Associação Brasileira de Angus.

“O mercado está ávido por carne de qualidade”, diz Fábio Medeiros, coordenador do Programa Carne Angus Certificada, durante palestra que ministrou sobre o tema na ExpoLondrina. E o produtor, segundo ele, atualmente tem vários instrumentos para atender esta demanda. “O produto de qualidade tem valor agregado. O consumidor não se importa em pagar mais”, completa.


Um dos instrumentos na busca pela melhoria do produto é o cruzamento industrial. Segundo o técnico, há diversas alternativas, como a genética britânica. Medeiros destaca a participação da raça Angus, que teve um crescimento de 192% em cruzamentos nos últimos cinco anos no Brasil. “Houve a utilização de 1,8 milhão de sêmens de Angus nos últimos anos, o que representa 30% do mercado”, afirma.

O técnico afirma que o Angus é excelente alternativa para cruzamentos, conferindo complementaridade aos zebuínos e raças continentais, como Charolês e Limousin. “O Angus tem características como precocidade, qualidade de marmoreio à carne, fertilidade dos ventres”, explica.

De acordo com Medeiros, o cruzamento com Nelore, por exemplo, tem como vantagens a tolerância desta raça ao calor e parasitoses. “O Angus agrega valor, resultando em precocidade e qualidade como marmoreio”, descreve.

O sistema implementado pela cadeia com o Programa Carne Angus Certificada resolve o problema da padronização enfrentado há algum tempo. Segundo o técnico, os frigoríficos firmam contratos com os produtores, que entregam o produto de acordo com o especificado no contrato.

“Antigamente, o produto diferenciado tinha dificuldades por causa da falta de padronização, de um canal de comercialização e pela falta de comunicação com os consumidores”, relata. Medeiros afirma que a questão foi superada e a carne atende o gosto dos consumidores. O produto chega ao comprador com marca e selo de garantia da Associação de Angus.


O produtor recebe premiação diferenciada pela carcaça, o que possibilita a valorização dos diferentes cortes dos animais. E recebe no Rio Grande do Sul, por exemplo, 8% sobre o preço dos machos; e pelas fêmeas chega a ganhar o preço do macho mais 7%. O consumidor, por sua vez, está disposto a pagar mais pela qualidade, desembolsando de 20% a 40% a mais nos cortes para churrasco.

O produtor paranaense pode participar do programa, pois existe um sistema de captação que atinge a região.

No Brasil, existem 11 unidades frigoríficas que oferecem o sistema para a produção de carne de qualidade. O gerente de Fomento do Marfrig, Luciano de Andrade, afirma que o frigorífico estimula a utilização da raça Angus entre os produtores.

“Indicamos a IATF (inseminação artificial por tempo fixo), assessoria técnica, com o financiamento de toda a parte reprodutiva”, explica.

O produtor assina compromisso de venda dos animais. “O frigorífico garante a liquidez do sistema”, afirma, acrescentando que a remuneração supera os índices Cepea/Esalq. Segundo Andrade, o produtor pode optar pela entrega de animais em diferentes estágios: boi gordo, bezerro, ou novilho. Ele afirma que atualmente o Marfrig mantém contrato com mais de 200 produtores em várias regiões do Brasil.

As informações são da assessoria de imprensa da ExpoLondrina.

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