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Produtor de milho volta a ter garantia de preço


O governo federal vai retomar os leilões de contrato de opção de milho, suspensos desde o início do mês, a partir do próximo dia 7. Serão ofertadas 500 mil toneladas do grão, para exercício em setembro, e outras 150 mil toneladas de sorgo. O volume não contratado poderá ser levado a leilão novamente. No mesmo dia serão ofertadas 29,9 mil toneladas de milho para repasse para as regiões Norte e Nordeste e o Espírito Santo.

A volta dos leilões de contratos de opção de milho é uma medida para estancar a queda dos preços que começa a se verificar, uma vez que acelera-se a colheita e o mercado encontra-se estagnado, sem muito volume de compras.

Preços de referência

Os valores dos preços de referência foram diminuídos em relação à venda anterior. Na época em que a equipe de governo definiu o lançamento de opções para 2 milhões de toneladas, o dólar estava em R$ 3,60 e, por isso, os valores de exercício foram fixados em R$ 20 a saca (60 quilos) e R$ 20,35 a saca, nos estados de Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

Mês antecipado

Agora, nesses estados, o preço é de R$ 19,80 a saca com vencimento em setembro. Para Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal os valores são de R$ 17,70 a saca e, em Mato Grosso, R$ 15,60 a saca. Os contratos de opção poderão ser antecipados para os meses de junho a agosto, sempre com redução de R$ 0,30 por saca a cada mês antecipado. O valor de referência considerou um câmbio médio entre os R$ 3,60 da época do lançamento do primeiro leilão e a cotação atual da moeda americana.

Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, apesar de os valores serem inferiores aos dos leilões já realizados, são mais altos que os praticados agora - cerca de R$ 18 a saca no Paraná. Além disso, em setembro, com a colheita da safrinha, haveria tendência de redução do preço do mercado.

"É um sinal claro de que o governo federal quer sustentar os preços, viabilizando o aumento da produção na safra 2003/04", afirmou Ivan Wedekin.

Os leilões foram suspensos no início de abril, quando os preços do grão estavam sustentados. Na época, o governo federal havia ofertado 1,5 milhão de toneladas, em três leilões, mas apenas 332 mil toneladas haviam sido contratadas. Agora, a expectativa é de que, pelo menos nos estados do Paraná e do Mato Grosso, seja comercializado todo o volume e em Goiás também tenha boa procura pelo milho. A maior quantidade a ser ofertada será no Paraná, com 192,9 mil toneladas.

Regra do sorgo

Para o sorgo, o preço de referência continua o mesmo, entre R$ 14,30 e R$ 11,30 a saca, de acordo com a região - seguindo os mesmos critérios do milho. Neste leilão serão ofertados ainda contratos no Ceará e Pernambuco, a R$ 14,30 a saca. Segundo Ivan Wedekin, após a realização do leilão, o governo vai avaliar o mercado para ver se reoferta a sobra.

No dia 7, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará também leilão de repasse de milho do Paraná e Goiás para o Norte, Nordeste e Espírito Santo. Serão ofertadas 29,9 mil toneladas, a preço de R$ 19,70 a saca para o Paraná e R$ 17,60 a saca em Goiás, com vencimento em maio.

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