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Produtor do MA autuado por plantar transgênicos


A Delegacia Regional do Ministério da Agricultura no Maranhão autuou a Fazenda Cajueiro, localizada em Balsas, Sul do Estado, pelo plantio sem autorização de soja geneticamente modificada. Fiscais da delegacia estão há uma semana na região de Balsas, principal pólo agrícola de grãos do estado, para rastrear transgênicos e devem retornar hoje à São Luís.

A autuação, feita há dois dias, é baseada na própria confissão em documento da fazenda, que revelou à delegacia ter plantado 150 hectares de soja geneticamente modificada na safra passada.

Dos 150 hectares plantados pela Fazenda Cajueiro, segundo a delegacia, 100 hectares foram colhidos, o que rendeu 98 toneladas da soja em grãos geneticamente modificada. Além de identificar a fazenda que produziu a soja transgênica, a delegacia também chegou à empresa que comprou a produção, a Grãos Comércio e Cereais, também de Balsas, que também foi autuada. A empresa Grãos Comércio e Cereais argumentou que não sabia que se tratava de soja transgênica. O destino dado ao produto foi a produção de ração animal.

Este é o primeiro caso de autuação de soja transgênica no Maranhão. "O fato de a empresa ter nos confessado o plantio de soja transgência não a exime de ter cometido a infração", afirma o delegado do Ministério da Agricultura no Maranhão, Fernando Lima, ressaltando que deverá abrir um processo administrativo.

Há um ano a delegacia recebeu uma denúncia de plantio de soja transgênica na região de Balsas. Foi até a região, mas não encontrou o produto, segundo Fernando Lima. Há um mês, no entanto, a delegacia recebeu uma solicitação da Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen) para comparecer à cidade de Balsas presenciar extermínio de um plantio de 50 hectares de soja geneticamente modificada.

Lavoura erradicada

Quando a equipe de fiscais da delegacia se preparava para ir à região, conforme conta o delegado, o órgão recebeu outro comunicado informando não ser mais necessária a presença, pois o plantio já havia sido exterminado e em seu lugar (na área) teria sido plantado outra cultura, de arroz.

Mesmo sendo informado sobre a erradicação do plantio, a delegacia enviou fiscais à região de Balsas, quando constatou que o plantio havia sido feito na Fazenda Cajueiro. Os proprietários da fazenda revelaram à delegacia que colheram 100 hectares e que eliminou os 50 hectares restantes e plantaram em seu lugar arroz.

De acordo com a Delegacia Regional de Agricultura, a Fazenda Cajueiro é produtora de sementes, registrada no Ministério da Agricultura, e fornece o produto para cotistas da Fapcen.

A Gerência de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Gema) planeja desenvolver uma campanha entre os produtores rurais maranhenses para que não optem pelo plantio de soja transgênica. A idéia é fazer do plantio convencional um diferencial do Mara-nhão, destacando-se assim nos mercados europeu e do Japão.

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