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Produtor espera recuo na classificação do milho

Dentre as entidades que ainda não jogaram a toalha está a CNA


Produtores, cooperativas e armazenadores resistentes às novas normas de classificação e padrão do milho no país ainda não desistiram de convencer o governo federal a suspender ou adiar as modificações previstas pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. O regulamento técnico foi publicado em 7 de janeiro, quando entrou em consulta pública por 180 dias, mas o prazo para envio de sugestões foi prorrogado por igual período. Pelas normas, o milho será classificado em três tipos, de acordo com qualidade e limites de tolerância de grãos quebrados, matérias estranhas e impurezas.

Dentre as entidades que ainda não jogaram a toalha está a CNA. De acordo com o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, a confederação trabalha para abortar o processo. "Produzimos milho de qualidade e com boa aceitação no mercado. Além disso, não há nenhum indicativo de compensação comercial pelos padrões exigidos."

No RS, nem Fecoagro, nem Fundacep, nem Ocergs, possuem levantamento sobre o impacto que a nova classificação geraria. Mas, no Paraná, baseada nos critérios da consulta, a Ocepar apontou que 85% do milho produzido em solo paranaense não estaria em condições de ser comercializado. Pelos padrões atuais, 97% do milho do PR é enquadrado como um dos três tipos do grão, enfatiza Flávio Turra, diretor técnico da Ocepar.

O coordenador-geral de Qualidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Fernando Penariol, admite que há pontos polêmicos, mas prevê qualificação e melhor aproveitamento na indústria. O Mapa informou que recebeu sugestões de 12 entidades, número considerado baixo. O presidente da Abramilho, João Carlos Werlang, espera que se consiga chegar a um meio termo para que a norma não seja tão rigorosa.

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