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Produtor familiar só planta para consumo próprio


A agricultura familiar é numerosa, produz pouco e, ao contrário de outros países, não constitui a base da produção agropecuária. Esse é o resultado de pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), ligada à Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o estudo, as pequenas propriedades familiares - cuja renda anual não passa de R$ 1.921 - produzem praticamente para consumo próprio e não geram receita extra. "Se sobrevivem de outras fontes de renda, como aposentadorias (...) seria justificável tipificá-los como residentes rurais e assisti-los com políticas sociais de combate à pobreza, como é comum em outros países", conclui o estudo, que será publicado na íntegra na edição desta semana da revista Conjuntura Econômica.

Os pequenos estabelecimentos familiares são muitos, porém produzem pouco. Eles representam 68% dos estabelecimentos rurais identificados pelo censo de 1995/96, porém contribuem com apenas 23,6% do Valor Bruto da Produção (VBP). Sua contribuição mostra-se importante na produção de fumo, mandioca e na horticultura.

O estudo conclui que "a melhor compreensão desse público (de pequenos agricultores familiares) poderia evitar o desenho de programas que tendem a reproduzir um modelo que propicia receitas (renda) muito baixas e multiplica a pobreza, mesmo com dispêndios vultosos".

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