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Produtores aguardam mais chuvas em Mato Grosso

Nas regiões de Sapezal, Lucas do Rio Verde e Sorriso, onde o plantio começa mais cedo, os produtores estão cautelosos


Os produtores mato-grossenses continuam atentos à estiagem e aguardam mais chuvas para deslanchar o plantio. Nas principais regiões do Estado, como Sapezal, Lucas do Rio Verde e Sorriso, onde o plantio começa mais cedo, os produtores estão cautelosos e temem perdas.

“A verdade é que não há chuvas em volume suficiente para garantir a germinação da planta. A recomendação é aguardar a umidade ideal para que as chuvas garantam uma reserva de água suficiente à germinação da lavoura. Do contrário o produtor corre o risco de prejuízos”, alerta o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan.

No último final de semana, segundo ele, choveu em várias regiões, porém as chuvas foram esparsas e o volume apresentou variações de 10 a 70 milímetros (mm). “Tivemos regiões que choveu muito pouco, mas mesmo assim muitos se arriscaram a plantar”. A estimativa do Sindicato Rural de Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá) é de que em 70% a 80% das áreas o plantio já tenha começado. Galvan acredita que até o final desta semana o plantio já tenha começado em cerca de 90% da área. “Mas não será nada significativo em termos de volume semeado, pois os produtores ainda estão receosos e esperam por mais chuvas”.

Na Fazenda Dacar, de sua propriedade – localizada no município de Vera - Antônio Galvan começou o experimento com plantio em uma pequena área de soja. “Ainda não dá para arriscar, o solo ainda não está suficientemente úmido”, diz, informando que espera plantar este ano 2 mil hectares de soja.

Outro produtor que está cauteloso é Leandro Mussi, que até agora plantou apenas 15% da área de soja, no município de Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao médio norte de Cuiabá).

Em situação idêntica está o produtor Orcival Guimarães, que reservou este ano 32 mil hectares para o plantio de soja nas regiões de Lucas do Rio Verde, Sorriso, Tapurah, Trivelato e Ipiranga. Até agora ele plantou cerca de 600 hectares, menos de 2% da área total prevista para esta safra.

Com previsão de plantar este ano 30 mil hectares de soja na região de Sapezal (480 Km a noroeste de Cuiabá) o Grupo Scheffer, do produtor Eliseu Scheffer Maggi, plantou até agora apenas 2 mil hectares, cerca de 6% da área total. Segundo Guilherme Scheffer Filho, ainda chove pouco na região. “Não é o suficiente para deslancharmos o plantio”, diz ele.

SUL DE MT - Na região de Campo Verde, ao sul do Estado, a Fazenda Filadélfia também está aguardando as chuvas para iniciar o plantio de 31,8 mil hectares de soja, o mesmo ocorrendo na região da Grande Primavera do Leste, onde devem ser plantadas este ano 80 mil hectares de soja. A Fazenda Lagoa Encantada, com quatro 4 mil hectares, está na expectativa das chuvas para começar o plantio.

Segundo os agrônomos, o plantio deve começar no momento certo – quando as chuvas estiverem regulares - para que o produtor tenha garantia de bons resultados, principalmente por causa da ferrugem. Para reduzir os riscos de ataques mais severos da ferrugem asiática, os pesquisadores recomendam que os produtores devem evitar as cultivares tardias, pois, quanto mais tempo a planta permanece no campo, maior o foco, uma vez que há maior fonte de inóculo no final da lavoura e o ataque é maior.

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