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Produtores aguardam rateio da cota de açúcar

Os produtores do Norte e Nordeste aguardam a divisão da Cota Brasil 2006 do mercado dos Estados Unidos


Os produtores de açúcar dos estados do Norte e Nordeste aguardam a divisão das 185,8 mil toneladas de exportação do produto destinado ao mercado dos Estados Unidos. A Cota Brasil 2006/07 foi anunciada pela embaixada daquele país ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em agosto, mas até agora não houve o rateio entre os diversos estados produtores das duas regiões.

A cota americana é bastante cobiçada pelos produtores do Nordeste, em que pese representar apenas cerca de 7% a 8% de toda a exportação de açúcar da região. "Uma vez que os preços dessa cota são regidos pelo contrato n 14 da Bolsa de Nova Iorque e a divisão e exportação são autorizados pela Lei 9.362/96, os preços da tonelada de açúcar para os Estados Unidos são mais de 50% superiores aos valores para os demais países. Por isso, sempre há muitas disputas entre os estados do Norte e Nordeste para obtenção de volumes", explica Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar/PE.

O sistema de cotas, estabelecido pelo governo dos Estados Unidos, prevê para 2006/07 uma cota de 225 mil toneladas para a República Dominicana, 185 mil para o Brasil, 173 mil para as Filipinas e 106 mil para a Austrália, dentre outros menores. O presidente do Sindaçúcar/PE lembra que todos os países beneficiados pelo sistema de cotas já iniciaram os embarques, exceto o Brasil.

"O atual atraso deve ser fruto do Ministério da Agricultura estar procurando um critério que pondere não só produção e produtividade, mas também geração de emprego nos estados do Norte e Nordeste, objetivando um melhor equilíbrio", acredita. Pernambuco é hoje o segundo estado produtor da região e, em função de sua topografia acidentada, o líder na geração de empregos, com mais de 5,8 postos de trabalho por cada mil toneladas de cana-de-açúcar. O Centro-Sul e as regiões planas de alguns estados do Nordeste, altamente mecanizados, não chegam a gerar dois empregos. Diante destes dados, Cunha acredita que o estado possa receber 56% da cota dos Estados Unidos destinada aos brasileiros.

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