CI

Produtores aprendem a melhorar rebanho de búfalos do Marajó

A capacitação faz parte do Programa de Melhoramento da Pecuária Bubalina do Marajó que a Secretaria de Estado de Agricultura executa em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural


Pequenos criadores de búfalos do Arquipélago do Marajó participam durante toda esta semana, em Belém, do curso de manejo sanitário de bubalinos. A capacitação faz parte do Programa de Melhoramento da Pecuária Bubalina do Marajó que a Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) executa em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Nesta semana, 20 criadores, da comunidade de Cueiras, município de Soure, participam do curso, que ensina como controlar doenças como brucelose, tuberculose e raiva. Nesta sexta-feira (14), eles vão receber o certificado e um touro reprodutor, em solenidade que contará com a presença do secretário de Estado de Agricultura, Cássio Alves Pereira.

O programa prevê o repasse de 50 animais para criadores previamente cadastrados e reúne um conjunto de ações, incluindo ainda o acompanhamento técnico, fomento à produção e a comercialização dos produtos, como carne, couro, leite e seus derivados, especialmente o queijo.

Os primeiros 30 pequenos criadores, da comunidade Retiro Grande, município de Cachoeira do Arari, foram capacitados no final de julho, e já estão pondo em prática os conhecimentos voltados ao melhoramento do rebanho e da qualidade dos produtos derivados do búfalo. Cada criador recebeu um reprodutor bubalino das raças murrah e mediterrâneo.

Produtividade - As próximas fases do programa de capacitação de criadores do Marajó serão o manejo do rebanho e da propriedade, a manipulação de alimentos, empreendedorismo rural e inseminação artificial. Com essas ações, a Sagri investe em tecnologias e processo de manejo inovador no âmbito sanitário, nutricional e genético, para incentivar a seleção de animais superiores e promover o incremento da produtividade da espécie bubalina e de toda a cadeia produtiva.

Os búfalos têm grande importância para a economia no Arquipélago do Marajó. Além da produção de carne e leite, fornecem matéria prima para as fábricas de couro. Rústicos, mansos e resistentes são usados como animais de tração nas fazendas e nas cidades, transportando mercadorias, puxando viaturas de coleta de lixo e servindo como montaria policial e atração turística na região.

Além do programa de melhoramento da pecuária bubalina do Marajó, a Sagri, junto com a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), é parceira na pesquisa que busca a padronização do queijo marajoara, produzido ainda de forma artesanal. Uma parte do estudo será feito no Canadá, segundo o pesquisador Almir Vieira da Silva, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), autor do projeto. O professor pretende tipificar o produto e valorizar a profissão dos queijeiros do Marajó.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.