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Produtores atentos para a próxima colheita de café, resultado pode não ser o esperado

El Niño pode ser nova ameaça para a colheita de café



Para este ano, a colheita do café arábica da safra brasileira (2014/15) deve iniciar entre maio e junho.  Entretanto, produtores já estão alertas quanto ao crescimento dos grãos nos cafezais.  Segundo dados de pesquisadores do Cepea, a seca que castigou as principais regiões produtoras, causando inúmeros danos às lavouras tem apresentado resultados de má granação do café. A estiagem reduziu em 11 por cento a atual safra de café, conforme especialistas. Mesmo com as altas temperaturas e as chuvas em março, o volume ainda não foi satisfatório para recuperar totalmente a umidade do solo e parte dos prejuízos é irreversível. 

Fatores como o clima quente e seco, os baixos preços e a redução de investimentos em tratos culturais, principalmente com adubação pesaram expressivamente no tamanho dos grãos e na produtividade das lavouras. A previsão do El Niño no Brasil é outro fator que preocupa o cenário da próxima safra, pois o volume de chuvas tende a ser elevado devido ao fenômeno meteorológico e ocorrerá no mesmo período de colheita no país. Essas precipitações podem dificultar os trabalhos de campo e principalmente prejudicar a qualidade dos grãos, que já está comprometida. 

Agentes destacam que, no Sul de Minas Gerais, o desenvolvimento do café não foi conforme e a safra deve ser marcada pela maior ocorrência de grãos chochos. As lavouras irrigadas foram as menos afetadas, no entanto, há relatos de doenças, como a broca-do-café, agravando ainda mais a situação em Minas Gerais. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), decretou no mês passado, estado de emergência fitossanitária no estado, devido ao risco da infestação da praga causadora da broca-do-café. 

Nas regiões paulistas da Mogiana e de Garça, pesquisadores salientaram que a safra também pode apresentar café mal granado e com grãos chochos. No entanto, o prejuízo em ambas as praças deve ser menor que o observado no Sul de Minas. No Noroeste do Paraná, as lavouras estiveram com boa aparência, mas a geada em 2013 e a seca neste ano danificaram intensamente a vitalidade da planta.

* Estagiária

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