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Produtores brasileiros já comercializaram 46% da soja

O índice é 6% superior ao apurado na primeira quinzena de dezembro


O levantamento finalizado nesta terça-feira (13-02) pela Agência Rural aponta que os produtores brasileiros já comercializaram 46% da safra de soja 2006/07. O índice é seis pontos percentuais superior aos 40% apurados na primeira quinzena de dezembro, quando saiu o último levantamento da agência. Esse resultado ainda é 27 pontos maior que os 19% registrados em fevereiro de 2006 e relativos à safra passada, quando os preços do grão estavam abaixo de US$ 6 por bushel na bolsa de Chicago e a crise no campo brasileiro atravessava seus piores momentos.

Mantendo a tradição, o Estado em que a comercialização está mais adiantada é o Mato Grosso, com índice de 66% - o dobro do registrado há um ano. Em relação ao levantamento de dezembro, porém, o avanço foi de apenas cinco pontos percentuais. Isso significa que os produtores, diante de preços menos firmes que os do final do ano passado, reduziram o ritmo dos negócios.

O mesmo vale para o Mato Grosso do Sul, onde o índice de comercialização passou de 46% em dezembro para 49% agora. Em Goiás e no Distrito Federal, por outro lado, o avanço foi mais expressivo, passando de 51% para 60%, devido, sobretudo ao andamento da colheita das lavouras precoces, que vem estimulando os negócios.

No Norte e no Nordeste, a ação agressiva das tradings, observada especialmente nos Estados nordestinos, tem dado suporte aos preços e combustível à comercialização, que já atinge média de 59% no balanço das duas regiões, contra 48% em dezembro e apenas 14% há um ano.

No Sul, o destaque da comercialização nos últimos dois meses foi o Paraná, onde o índice passou de 25% em dezembro para os atuais 32%, contra 8% há um ano. Outro Estado em que os negócios vêm tendo bom desempenho é Minas Gerais, no Sudeste, cujo índice de comercialização chega a 42%, frente aos 35% de dezembro e aos 11% de um ano atrás.

O Estado onde a comercialização está menos adiantada, como ocorre normalmente, é o Rio Grande do Sul, com índice de 20%. Em seguida aparece Santa Catarina, com 25%. Tradicionalmente pouco afeitos aos negócios antecipados, gaúchos e catarinenses têm segurado o grão com ainda um pouco mais de persistência da virada do ano para cá, depois que os preços passaram a demonstrar menos fôlego que o observado nos últimos meses de 2006. As informações são da AgRural.

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