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Produtores brasileiros querem igualdade na comercialização de citros

Os produtores brasileiros enfrentam uma legislação mais antiga, o que prejudica o desenvolvimento do setor


Os citricultores brasileiros querem igualdade de condições dos produtores do Mercosul na comercialização de Citros. Para tratar do tema o presidente da Frente Parlamentar da Fruticultura Brasileira do Congresso Nacional, deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), e os representantes da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, chefe de gabinete Paulo Lipp João; da Associação Montenegrina de Fruticultores, Leandro Moacir Gerhardt, e da Associação de Citros da Fronteira Oeste do RS, Naldo Beck Epifânio estiveram reunidos com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes e técnicos do ministério. O encontro ocorreu nessa quarta-feira (5), no gabinete do ministro, em Brasília. A reunião foi para tratar dos efeitos do tratamento desigual para os citricultores brasileiros que ocorrem com a publicação da Instrução Normativa nº 20, de 31 de julho de 2006.

Os citricultores do Mercosul contam com um Sistema de Mitigação de Risco para o controle do Cancro Cítrico mais moderno, eficaz e aceito por todos os países importantes, como a União Européia. Já os produtores brasileiros enfrentam uma legislação mais antiga, o que prejudica o desenvolvimento do setor. O Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, com condições de clima bastante semelhantes aos demais países do Mercosul, estão propondo a modernização da normatização brasileira há vários anos, como forma de ter a devida competitividade no setor citrícola. Conforme Paulo Lipp, somente no Rio Grande do Sul, o setor conta com mais de 16 mil citricultores com alta importância econômica e social.
Garantias de comercialização

Afonso Hamm comenta que esta reunião foi exitosa e importante para conquistar apoio do Ministério no sentido de garantir a comercialização de frutas de bergamotas e laranjas, que no Estado gaúcho chega à marca de 15 mil toneladas, que são comercializadas para fora do Estado. “Essa produção não pode ficar impedida pela lei que compromete as condições de forma desigual, restringindo a fruta do Rio Grande do Sul e flexibilizando a comercialização da Argentina e de países do Mercosul”, observa o presidente da Frente ao comentar que do Estado gaúcho saem mais de mil caminhões e 15 toneladas de bergamotas e laranjas para fora do Estado, que geram riquezas, empregos e renda.

O Rio Grande do Sul vem recebendo grandes investimentos empresariais para produção e exportação de citros de mesa para atender mercado nacional exportação.

O representante da Associação Montenegrina, Leandro Gerhardt, revela a preocupação dos citricultores frente ao assunto. Ele comenta que o Estado está iniciando a colheita de tangerina das variedades tardias e nobres, especialmente a tangerina Montenegrina, que é o carro chefe de todas as exportações gaúchas para o mercado nacional. “As dificuldades estão relacionadas a esta situação de conflito de legislação que com esta reunião saímos com otimismo de sua adequação”, aclama.
Visita a Argentina

O diretor de Sanidade Vegetal do ministério, Odilson Luiz Ribeiro, comentou que o entrave está em como aplicar o sistema de manejo de risco em áreas onde existe o Cancro Cítrico e que a fruta ali produzida possa ir para outros locais livres e sem risco de contaminação da doença. Ele anunciou que nos dias 14 a 18 de setembro será realizada uma visita oficial a Argentina com o propósito de conhecer o sistema de manejos de vistos. Na oportunidade, Afonso Hamm solicitou que a comitiva de produtores se integre a essa comitiva. Já, Epifânio sugeriu que a comitiva também visite as principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul com o propósito de conhecer a produção, manejo e qualidade das frutas produzidas.

Stephanes informou que o Ministério está revisando a legislação brasileira para dirimir os conflitos que estão ocorrendo entre as legislações.

Lipp comenta que o setor sai satisfeito com os encaminhamentos propostos pelo ministro, já que segundo dados do ministério, os gaúchos estão se preparando para exportar frutas para o mundo todo e que com a adoção da IN 20 terão condições de conquistar novos mercados tanto da Europa quanto da Ásia.

Epifânio sai satisfeito com as tratativas da reunião. O produtor comenta sobre a necessidade de mobilização para alcançar os objetivos de igualdade entre produtores brasileiros e dos países vizinhos. “Nossa região começou a produzir há dois anos um fruto diferenciado, de qualidade de exportação e esta medida nos traria prejuízos se não houver mudança na legislação”, conclui. As informações são da assessoria de imprensa do deputado federal Afonso Hamm.

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