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Produtores de algodão têm prejuízo com uso da transgenia


O algodão deu uma patinada, mas seu crescimento é menor que soja e milho

Os produtores de algodão que investiram em sementes transgênicas na safra de 2011/2012 tiveram prejuízo de 130%, na contramão dos resultados de outras variedades transgênicas adotadas no campo no País. O resultado negativo foi reflexo dos preços internacionais, que sofreram forte recuo na última safra por causa da distância entre a oferta e a demanda global. 


Apesar do prejuízo, o especialista em biotecnologia da consultoria Céleres, Jorge Attie, não acredita que o resultado afete o uso de transgênicos na cultura do algodão. "A adoção está só crescendo para as três culturas [de soja, milho e algodão]. O algodão deu uma patinada, mas seu crescimento é menor que soja e milho".

De acordo com estimativas da consultoria, a área plantada com algodão geneticamente modificado no País passará de 546,5 mil hectares registrados na safra de 2012/2013 para 1,79 milhões de hectares na safra de 2021/2022. A área representa 86,8% do que a Céleres projeta o total da área de algodão nos próximos dez anos, 2,06 milhões de hectares.


Attie ressalta que, ainda que a transgenia nos plantios não dê retorno financeiro, sua adoção "dá mais tranquilidade de manejo e mais facilidade de conduzir a lavoura". Para o analista, tanto os produtores de soja quanto de milho e algodão "estão bem satisfeitos com a biotecnologia, que é um caminho sem volta".

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