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Produtores de café de MG pedem renegociação de dívida

A perda de competitividade é motivada pela desvalorização do dólar frente ao real


A perda de competitividade e renda motivada pela desvalorização do dólar frente ao real levou representantes de sindicatos rurais e cooperativas de café das principais regiões produtoras de Minas Gerais a debateram o assunto com deputados e outras autoridades do setor, nessa segunda-feira (26-03), na Assembléia Legislativa. O foco do problema, que inclusive tem provocado demissões nas fazendas, é o valor recebido pelo produto. O preço médio da saca de 60 quilos de café é de US$ 120, mas, convertido para a moeda nacional, não chega a R$ 150. Representantes do setor querem renegociação de dívidas e redução de carga tributária e juros.

"O valor atual mal cobre o custo de produção. Soma-se a isso o passivo e a previsão de safra baixa para este ano, fruto da bianualidade do café", diz o presidente da Comissão Técnica de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Pereira de Mesquita. Para ele, uma das medidas que poderiam aliviar o produtor é a criação de um seguro, que garantisse a produção.

Na avaliação do presidente da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), no Sul de Minas, Carlos Paulinho, como não é possível mexer no câmbio e no preço - definido pelo mercado -, o Governo poderia atuar em duas frentes: reduzindo a carga tributária e os juros e alongando a dívida dos cafeicultores com os bancos.

"O problema maior é nas fazendas. Mais do que algumas demissões que ocorrem, o setor deixa de investir em novas contratações", observa o presidente da Cooxupé. Conforme o presidente da Cooperativa Vale do Rio Verde, em Carmo de Minas, Rinaldo Junqueira, dos 5,6 mil empregos fixos na região, 15% já foram extintos.

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