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Produtores de cana-de-açúcar conhecem novas oportunidades de negócios


O tema Agricultura Energética mostrou novas oportunidades de negócios para os produtores e representantes de usinas de cana-de-açúcar brasileiros. Os participantes foram alertados sobre o total aproveitamento dos subprodutos da cana e quanto ao lugar garantido que o álcool tem no mercado internacional, aumentando as divisas brasileiras, se os empresários do setor concretizarem planos de sustentabilidade. “Os japoneses e outros grandes importadores de energia só fecham contratos de 20 anos”, afirmou o diretor da Pricewaterhousecoopers, Marco Antonio Fujihara, durante a abertura do Clube da Cana FMC 2004, realizado pela FMC Agricultural Products de 19 a 21 de novembro, em Guarujá (SP).

Ele se referia ao grande mercado externo que está à procura de soluções para a redução de emissões e sobre o fato de que o produto brasileiro está sendo muito cotado pelo Japão, Ásia e Europa, além de países da América Latina. Porém, Fujihara adverte que as empresas precisam demonstrar que estão aptas a produzir e exportar por longos períodos. O palestrante mostrou como o Protocolo de Kyoto pode ajudar o setor a aumentar as exportações de álcool e o que é necessário para transformar o produto numa commodity ambiental. “Estamos ajudando o mundo a reduzir as emissões de poluentes e aproveitando pouco por isso, economicamente”.

Luís Carlos Corrêa Carvalho, diretor da Abag e da Usina Alto Alegre, completou, dizendo que o Brasil tem a melhor solução para um problema que vai afetar o mundo nos próximos oito anos. O álcool brasileiro terá papel importante no cenário mundial, pois com a tecnologia do flex-fuel podemos imediatamente suprir uma demanda que já existe”, afirmou. Ele disse ainda que o setor precisa ter compromisso e responsabilidade em relação ao consumo, que, só no Brasil, aumentou em 500 milhões de litros depois do lançamento dos carros híbridos. “Com o consumo interno aumentando e a demanda externa, temos de ser hábeis planejadores para adequar nossa produção e capitalizar ao máximo”. Ele cita que são vários os setores da economia que lucram com o crescimento do setor. “Enquanto um carro movido à gasolina, numa escala hipotética, gera um emprego, um movido a álcool gera 21 postos de trabalho dentro da cadeia produtiva”, exemplifica.

Outro estudioso do assunto e especializado em grãos, José Zillio, diretor de Tecnologia & Inovação da Bunge Alimentos, aponta a cana-de-açúcar como a futura locomotiva do agronegócio brasileiro. “Nós precisamos que a cana seja nossa parceira nos projetos de biodiesel”, afirma. Ele diz que se as usinas utilizarem os subprodutos da cana, como o bagaço e a palha na queima para gerar energia elétrica e mover as unidades de moagem de grãos, haverá uma economia muito grande que tornará o biodisel brasileiro competitivo, referindo-se aos gastos para a produção. Ele também afirma que o País está apostando neste novo combustível, citando o dendê e a mamona, como produtos que devem ser melhor explorado em suas regiões. As informações são da assessoria de imprensa da FMC.

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