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Produtores de mel obtêm safra recorde no Ceará

As chuvas permitiram uma boa floração e um produto de qualidade. Expectativa é de que a safra atinja 90 toneladas


Ao contrário de outras culturas, o excesso de chuvas foi bom para quem lida com a apicultura. Os produtores que formam a Associação dos Apicultores de Itatira (API) comemoram safra recorde de mel este ano na região, com produção em torno de 90 toneladas.

De acordo com a Secretaria de Agricultura e Recursos Hídricos, 129 apicultores já começaram a colher o mel de 2.200 colméias espalhadas em 23 comunidades. A previsão é que a colheita esteja concluída até o final de julho.

“Na primeira batida já foram acumuladas 60 toneladas de mel, que se encontram na sede da associação. Em seguida, o produto será embalado e comercializado com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)”, assegura a secretária Cláudia Guerra.

Este ano, a produção de mel de Itatira deve ultrapassar as expectativas. “As chuvas foram propícias para uma boa flora e isso garante uma grande produtividade das abelhas. Nossa região tem uma florada muito rica, o que possibilita também um mel de riquíssima qualidade”, comemora Antônio de Sousa Lopes, responsável pela instalação das colméias.

Para que o mel de Itatira chegue ao consumidor sem problemas, os produtores contam com uma máquina de sachê na associação, que chega a beneficiar 80 quilos de mel por dia. De acordo com o técnico, 70% da produção é beneficiada na própria sede. O restante é feito nas cinco casas de mel espalhadas no município.

Jumento apicultor

Apesar da produção recorde, os apicultores de Itatira quase foram prejudicados pelas enchentes. Como as colméias ficam em locais distantes e as estradas foram comprometidas pela chuva, não seria possível fazer o transporte. O jeito foi recorrer a um velho conhecido do sertanejo: o jumento. Criação do agricultor Manoel Juracy Vieira, o jumento apicultor conseguiu levar a produção de Itatira para o beneficiamento.

O animal é protegido com o mesmo tipo de roupa utilizado pelos apicultores. A vestimenta é feita de pano e tem uma tela adaptada à cabeça, para que as abelhas não o incomodem durante o trajeto. Nos pés, ele não usa botas porque os cascos já o protegem das picadas.

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