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Produtores de soja do Rio Grande do Sul vão protestar contra apreensão do grão transgênico


Produtores liderados por sindicatos e cooperativas devem realizar uma manifestação em frente ao prédio da Polícia Federal em Passo Fundo (RS) amanhã, durante o depoimento do presidente da Federação da Agricultura (Farsul), Carlos Sperotto. Os agricultores temem um desmantelamento do setor produtivo caso seja comprovada a presença de soja transgênica e apreendida a produção. Sindicatos rurais, prefeituras, cooperativas e entidades ligadas ao setor rural acreditam que a possível apreensão da soja criará uma crise sem precedentes na economia do Estado. Por isso, estão convocando os associados a participar do ato.

"Uma atitude irresponsável pode levar o Estado a perder toda a safra", alertou João Picoli, presidente do Sindicato Rural de Erechim. No norte do Estado, algumas empresas já registram prejuízos por causa da expansão do plantio de transgênicos. A indústria de Sementes Estrela, que há dois anos vendia 150 mil sacas de soja certificada para o plantio, teve queda de 66% nos negócios. No ano passado, vendeu 50 mil sacas, embora a área de cultivo tenha crescido na região. Por isso, a Estrela precisou fechar uma de suas unidades em Erechim, e os prejuízos para o setor são considerados graves. "O sistema produtivo de sementes foi penalizado e vai demorar muito para se recuperar", lamenta o proprietário, Efraim Fischmann.

Como a Estrela, outras empresas se preocupam com a safra que começa a ser colhida. Sem condições de fazer exames para detectar se a soja que está sendo entregue é transgênica, corre-se o risco de receber o produto sem saber. Um teste para detectar a transgenia custa US$ 6,50.

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