Produtores do Dicamba aceitam medidas para minimizar riscos

O governo dos Estados Unidos anunciou que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) do país chegou a um acordo com Monsanto, Basf e DuPont, as produtoras do Dicamba, para minimizar o potencial de danos aos vizinhos de usuários de produtos que incluem essa fórmula. As novas exigências farão com que os produtores tomem decisões mais informadas para compra de sementes em 2018, segundo a EPA.

Em uma série de discussões, a EPA ouviu sugestões de cooperativas, estados, universidades e produtores de pesticidas para examinar as causas subjacentes nos danos gerados na região Sudeste dos Estados Unidos. A agência revisou essas informações e desenvolveu mudanças durante a temporada 2018.

A Monsanto, a Basf e a DuPont concordaram voluntariamente em mudar os rótulos que impõem exigências adicionais sobre o uso desses produtos no ano que vem. Uma das medidas é classificar o uso dos produtos como "restringidos", permitindo apenas aplicadores certificados com treinamento especial ou trabalhadores sob a tutela desse especialista. Serão disponibilizados ainda cursos específicos sobre o Dicamba para todos os aplicadores certificados.

Os agricultores começarão a ser exigidos de que façam registros dos usos desses produtos em conformidade com as indicações dos rótulos. A aplicação também foi limitada para quando a velocidade do vento não seja superior a 16 quilômetros. Também devem ser reduzidas as aplicações durante o dia. Para evitar contaminação cruzada, os produtores devem fazer limpeza de tanque.

Os produtos para a próxima safra já indicarão as novas restrições. Antes, havia a preocupação de que a EPA poderia banir os produtos formulados com Dicamba. A agência vai monitorar as mudanças ocorridas a partir das medidas.