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Produtores do Paraná planejam safra de verão

A maioria deles já definiram as áreas que irão plantar milho e soja e agora estão escolhendo as variedades


Com a colheita do milho safrinha em andamento e as culturas de inverno em desenvolvimento, os produtores rurais do Paraná já planejam a nova safra de verão. A maioria deles já definiram as áreas que irão plantar milho e soja e agora estão escolhendo as variedades.

O produtor rural, Maurício Aparecido da Silveira, cultiva uma área de 16 alqueires e já definiu qual parte irá plantar soja e o milho. “Assim como todos os anos, 30% da área será com milho e o restante soja”, observa. Ele diz que não tem como planejar a safra de última hora e que há três anos já vem fazendo a rotação de cultura com análise de solos e realizando coberturas com culturas de inverno. “Uma safra deve ser planejada com antecedência. O principal de tudo é fazer um plantio bem feito. Se isso não ocorrer complemente toda a safra”.

Na área destinada para soja, Silveira irá dividir com transgênica e convencional. Ele conta que algumas variedades testadas na Fazenda Experimental da Coamo, são usadas em sua propriedade e que mantém outras que deram apresentaram melhores resultados em sua propriedade.

Uma das ferramentas de planejamento da safra usada por Silveira é o acompanhamento do mercado nacional e internacional. “Também trocamos informações com outros produtores e buscamos informações junto às assistências técnicas”, assinala. Na opinião dele um fator importante é conhecer a área e saber as melhores épocas do plantio para que possa aproveitar as ocorrências das chuvas.

O agricultor, Jaime Neitzke, é outro produtor que planeja a safra com antecedência. Ele tem uma propriedade de 50 alqueires no anel viário em Campo Mourão e também irá destinar 30% da área para o milho e o restante será cultivado soja. “Na área onde será plantado o milho foi realizada uma cobertura de inverno com trigo e aveia com nabo”, revela.

Ele tem colhido nas últimas safras uma média de 120 a 130 sacas de soja por alqueire. “A escolha da variedade é importante. Na safra passada plantei 100% de soja transgênica nesse ano será a metade. A soja transgênica é uma ferramenta a mais que temos, pois as plantas ficam resistentes a algumas ervas daninhas e fazendo uma rotação de variedades ajuda a eliminar essas pragas”, salienta.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Coamo de Campo Mourão, Gilberto Guarido, o agricultor atual não é apenas aquele caipira de enxada na mão. “Hoje, qualquer agricultor pode contar com à assistência técnica e assim ter acesso à tecnologia e o conjunto de todas as informações imprescindíveis para a solução dos problemas da lavoura”, salienta e complementa que muitos problemas são repetidos ao longo de safras sucessivas. São pragas e doenças em sua maioria conhecidas, que aparecem em fases definidas da cultura. São infestações de determinadas plantas daninhas que persistem na mesma área por vários anos.

O agrônomo salienta que os produtores rurais conhecem os produtos que foram eficientes na solução de seus problemas na safra passada, e junto com seu assistente técnico pode planejar grande parte do que utilizará na próxima. “Ele (o agricultor) quer ter a garantia de que no momento do uso, tenha disponível o produto eficiente e pelo melhor preço. E esta busca deu origem a um processo de aquisição antecipada, que hoje está consolidado e que precisa ser compreendido”, assinala Guarido .

Ele explica que na prática, o agricultor adquire apenas os créditos e faz a reserva, definindo quais produtos de sua preferência que pretende utilizar. “Isto só é possível porque ele tem a opção, no momento do uso, de confirmar aquele produto ou substituí-lo por outro mais eficiente conforme o problema a ser solucionado”.

Rotação de Culturas – O agricultor com bom planejamento pratica rotação de culturas e planta milho pensando na melhoria do solo, melhoria no controle de plantas daninhas e independente do cenário de preços destina uma área para esta cultura todo ano. Segundo o agrônomo, na área que plantará milho no verão, ele cultiva culturas como aveia e nabo como adubação verde. Estas plantas tem sistema radicular que ajudam na estruturação do solo e beneficiam o milho.

Correção de solos e adubação – Conforme Guarido, o agricultor que planeja faz investimento no solo, corrigindo deficiências com uso de calcário, fósforo e potássio. Além disto ele pode investir em adubação de sistema que inclui o uso de parte dos fertilizantes no inverno, com o intuito de beneficiar as culturas de verão.

Seguro de produção e de preços – Ainda segundo o agrônomo, avaliar os riscos é fundamental. “Financiar sempre e utilizar os seguros disponíveis. Garantir preços com contratos antecipados de comercialização é uma medida saudável para o bom planejador”, finaliza.

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