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Produtores do PR devem aumentar em 9,4% área de trigo

A estimativa de produção é de 2,4 milhões de toneladas, 95% acima de 2006


Depois de uma safra prejudicada por granizo e estiagem, os produtores do Paraná devem ampliar em 9,4% a área cultivada com trigo este ano, conforme indica o primeiro levantamento de intenção de plantio divulgado na quarta-feira (07-03) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura. Com isso, o trigo irá ocupar 968 mil hectares, ante 885 mil hectares semeados em 2006.

Na safra anterior, os triticultores paranaenses colheram 1,24 milhão de toneladas. O volume deve se recuperar este ano. O Deral espera produção de 2,41 milhões de toneladas, 95,3% acima do resultado passado. A perspectiva de preços melhores do trigo este ano e a recuperação de renda com a safra de verão devem contribuir com a safra de inverno, já que os produtores poderão contar com mais recursos para aplicar em tecnologia. "Conforme esperado, haverá ligeira recuperação da área e bom uso de tecnologias", diz o agrônomo do Deral Otmar Hubner. O secretário da Agricultura do Paraná, Valter Bianchini, diz que está em discussão o seguro agrícola para o trigo.

No Rio Grande do Sul, segundo produtor nacional de trigo, atrás do Paraná, os produtores aguardam a definição dos recursos de custeio e mecanismos de comercialização. O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro), Rui Polidoro Pinto, calcula que será necessário R$ 1 bilhão para financiar a lavoura na Região Sul.

Farinha argentina:

Triticultores demonstram preocupação com a entrada de farinha de trigo da Argentina, que conta com câmbio mais favorável e imposto reduzido. E projetam que o impacto será maior no Rio Grande do Sul, por causa da proximidade com o fornecedor, e reforçam a reivindicação por medidas compensatórias, como a taxação do produto.

Os negócios continuaram lentos no mercado interno. Na semana passada, os moinhos nacionais mantiveram suas atenções voltadas para o recebimento da farinha de trigo comprada na Argentina. Houve pedidos de vendedores por R$ 480 tonelada FOB no Paraná, sem a efetivação de negócios neste nível, que fica fora do alcance dos moinhos. Ao mesmo tempo, a indústria passa a ficar atenta ao custo dos fretes, já que a entrada da safra de soja e milho deve encarecer a logística para o trigo.

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