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Produtores do RS pretendem cultivar soja transgênica na safra 03/04


Mesmo com a decisão do governo federal, através da Medida Provisória 113, que permite a comercialização e o plantio de organismos geneticamente modificados (OGMs) somente até 31 de janeiro de 2004, o produtor de soja do Rio Grande do Sul pretende plantar soja transgênica na safra 2003/04. Essa decisão criaria um impasse visto que o plantio inicia em outubro e a colheita entre março e abril.

O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, afirma que esse é o sentimento entre os sojicultores do Estado. “Estamos observando uma dificuldade muito grande em proibir o plantio de soja transgênica para a próxima safra”, destaca o dirigente. Esse pensamento vem preocupando a Farsul visto que no resto do país o posicionamento é contrário quanto aos transgênicos. O dirigente acredita que a única forma de reverter esse quadro é o governo sinalizar alguma garantia para que o produtor possa lucrar mais plantando convencional.

Com o intuito de esclarecer a sociedade em geral sobre os OGMs, a Farsul realizou ontem (23-04) o lançamento do Fórum Permanente de Agronegócio que ocorrerá nos dias 17 e 18 de junho na Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre. A primeira etapa do fórum tem como tema “Seminário Internacional sobre Organismos Geneticamente Modificados”, que segundo Sperotto, contará com a presença de palestrantes e autoridades de conhecimento internacional de países como a China, o Chile, a França, os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil. Estão confirmadas as presenças do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e do governador do Estado, Germano Rigotto.

Conforme Sperotto, o objetivo principal é mostrar a parlamentares sobre as vantagens de se plantar soja transgênica, que nessa colheita vem apresentando um rendimento de 3.400 Kg por hectare no Estado, enquanto a convencional atinge entre 2.600 a 3.000 Kg/he. Ele acredita que a média desse ano no RS ficará acima de 45 sacas por hectare. Também alegou que as lavouras com OGMs necessitam de menos herbicidas em relação ao cultivo de convencional, e, por isso, são menos prejudiciais ao meio ambiente. Outra vantagem apontada por Sperotto é o custo reduzido do cultivo de sementes modificadas geneticamente.

Além desse seminário, a entidade programou mais três envolvendo esse assunto, entre eles, segurança alimentar, comércio e como o Brasil vê o assunto transgênico. Para o dia 30 de maio está agendado o Fórum Nacional de Soja Transgênica no município de Ibirubá, no Rio Grande do Sul. Futuramente, a Farsul pretende realizar o segundo fórum, dessa vez, o assunto abordado será carnes, em que abrangerá todos os segmentos como o de aves, de suínos, de bovino, entre outros.

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