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Produtores e supermercados polemizam sobre os custos do feijão

Ibrafe divulgou nota negando que o produto seja o principal vilão do aumento da inflação


Para o consumidor curitibano, o preço do feijão de cor caiu de R$ 4,34 em novembro de 2010 para R$ 3,46 em janeiro de 2011 e o preto passou de R$ 3,10 em novembro para R$ 2,89 em janeiro. O valor mais baixo em 2010 para o feijão de cor e o preto foi em fevereiro, R$ 1,95 e R$ 2,03, respectivamente.


O Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe) divulgou nota negando que o produto seja o principal vilão do aumento da inflação no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que apontou um aumento de 51,6% para o alimento.

''O produtor de feijão foi e continua sendo muito penalizado na história da agricultura brasileira. Não foi e nunca será o vilão da inflação. A verdadeira causa do preço mais alto do produto está nas elevadas margens dos supermercados que comercializam o grão'', diz a nota.

Segundo o Ibrafe, o quilo do feijão sai do produtor rural na faixa de R$ 0,90 e chega ao consumidor final a R$ 2,30, um aumento de 155%. ''Se retirarmos os custos com frete, quebras, limpeza e embalagem, é possível verificar que os supermercados praticam margens acima de 50%, o que é um percentual muito elevado. Poderia ser perfeitamente a metade disso'', informou o instituto.


O superintendente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Valmor Rovaris, disse que ao preço pago ao produtor são agregados custos como frete, embalagem, impostos, entre outros. Segundo ele, o supermercado segue o preço do campo que demora, a cada alta ou baixa, cerca de 15 dias para refletir o valor para o consumidor final.

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