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Produtores mineiros adotam vazio sanitário da soja

Declarações enviadas ao IMA confirmam colaboração e comprometimento do setor produtivo durante manejo


Foto: Aline Merladete

O vazio sanitário da soja segue até 15 de setembro em Minas Gerais. O comprometimento do setor produtivo durante a medida está sendo fundamental para o sucesso do manejo. O produtor de soja do estado comunicou ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a situação fitossanitária de sua propriedade rural, mediante preenchimento de questionário no site do IMA. Foram 813 declarações de conformidade, superando os 740 monitoramentos programados para serem realizados em 2020.

A iniciativa tem o objetivo de evitar a ocorrência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, principal praga que acomete a cultura. O manejo impede danos à plantação e pode evitar perdas econômicas aos produtores. Por prevenção, o vazio sanitário é realizado antes do plantio do grão.

O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Nataniel Nogueira, avalia como positiva a participação dos produtores. “Essencial para o sucesso da atividade, o que demonstra o comprometimento deles com a defesa vegetal mineira, além de constatarmos que a parceria é benéfica tanto para o setor produtivo como para o poder público”, argumenta.

No período dos 77 dias do vazio sanitário, iniciado em 1º de julho, ao constatar a presença de planta voluntária de soja (guaxa) na propriedade, o produtor deve providenciar imediatamente a erradicação.

Ao declarar a conformidade do vazio enviando ao IMA o respectivo formulário, significa que o produtor se comprometeu a erradicar as plantas em sua propriedade. “Entendemos que o produtor é o único beneficiado com essa medida de caráter individual, mas de alcance coletivo. Cada um é fiscal do outro e pode denunciar aqueles que deixam as plantas guaxas se desenvolverem na propriedade e prejudicarem os vizinhos”, explica o gerente de Defesa Sanitária Vegetal.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja, Milho, Sorgo e outros Grãos Agrícolas do Estado de Minas Gerais (Aprosoja Minas Gerais), Wesley Barbosa de Freitas, comenta sobre a participação dos produtores no manejo. “É de fundamental importância, pois o maior interessado pelo vazio sanitário é o produtor da soja. Não havendo o manejo, o maior prejudicado somos nós mesmos. E temos consciência disso”, ressalta Freitas.

Fiscalização remota

O vazio sanitário da soja ganhou o reforço da fiscalização remota. Diante da pandemia, o IMA tem se adaptado e aprimorado as atividades. Inicialmente, foi solicitado aos produtores o envio da declaração de conformidade contendo todas as informações necessárias para se fazer o monitoramento na modalidade remota. As fiscalizações presenciais não foram descartadas, uma vez que ainda podem ser realizadas mediante recebimento de denúncia.

Soja em Minas

O IMA acompanha o atendimento às determinações do vazio sanitário principalmente nas regiões Noroeste, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que concentram o maior volume de produção da soja em Minas.

O vazio sanitário da soja foi instituído em 2007 no estado e está normatizado pela Resolução Seapa nº 1.393/2015 e Portaria IMA nº 1.503/2015.

De acordo com dados da Seapa, a previsão é que em 2020 o grão tenha safra recorde de 5,9 milhões de toneladas. Unaí, Paracatu, Buritis, Uberaba e Guarda-Mor são os principais municípios produtores.

*Informações do Governo do Estado de Minas Gerais.

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