Marcada pelos baixos preços das commodities, altos investimentos e câmbio desfavorável, a atual safra agrícola ressuscitou um fantasma que deve desaguar na primeira renegociação de dívidas rurais do governo Lula. Os maiores produtores de soja e algodão do país decidiram, semana passada, em Cuiabá (MT), exigir a rolagem das dívidas de investimentos deste ano para 2006 e a repactuação dos débitos dos programas de securitização e de saneamento de ativos (Pesa). Querem ainda uma linha especial para bancar a diferença entre preços de mercado e custos de produção. Numa reunião de seis horas, 700 produtores do Mato Grosso, além de Goiás e Mato Grosso do Sul, debateram formas e impedir um calote generalizado.
Nessa briga, deve sobrar também para tradings, cerealistas e indústrias de defensivos, que financiam parte da safra. Os produtores - que na sexta-feira viram o contrato de março cair a US$ 4,995 por bushel em Chicago - querem renegociar empréstimos de "soja verde" e venda futura com os fornecedores.
Nessa briga, deve sobrar também para tradings, cerealistas e indústrias de defensivos, que financiam parte da safra. Os produtores - que na sexta-feira viram o contrato de março cair a US$ 4,995 por bushel em Chicago - querem renegociar empréstimos de "soja verde" e venda futura com os fornecedores.