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Produtores rurais canadenses visitam Acrissul

Na Acrissul, o presidente Francisco Maia ressaltou aos visitantes o fato de que Campo Grande é a “Capital da Pecuária”,


Num roteiro técnico de 8 dias por Mato Grosso do Sul, uma comitiva de aproximadamente 30 produtores rurais do Canadá visitaram nesta quarta-feira (24) a sede da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e o Parque Laucídio Coelho, para conhecer as potencialidades agropecuárias do Estado.
 
A comitiva, que chegou na terça-feira, já visitou a Embrapa-Gado de Corte e seus campos experimentais. Além da visita à Acrissul, os produtores canadenses participam de uma dia de campo na CFW Agropecuária, em Rochedo, além de visitas ao Frigorífico JBS e de uma indústria de sementes de pastagens, para conhecer as variedades existentes. No sábado a visita é em Maracaju, numa propriedade produtora de milho, soja e algodão, além de Bonito, onde conhecerão um projeto em instalação de criação de gado em confinamento. O roteiro foi organizado pelo diretor da Acrissul, Wilson Martins Jallad.

Na Acrissul, o presidente Francisco Maia ressaltou aos visitantes o fato de que Campo Grande é a “Capital da Pecuária”, e que Mato Grosso do Sul responde por 40% do gado destinado às exportações. O Estado tem cerca de 50 mil criadores, para um rebanho de 21 milhões de cabeças. “Temos criadorees de 20 a 200 mil cabeças”, comparou.

Maia aproveitou para realçar as qualidades do “brazilian beff”, produto de um gado criado em sistema extensivo, ao natural, sem aditivos, comendo essencialmente capim, dentro dos critérios de sustentabilidade e sanidade, “sem subsídios governarmentais”. Ainda dentro do aspecto da sustentabilidade, o presidente da Acrissul destacou a pecuária pantaneira. São mais de 200 anos de convivência harmoniosa com o ecossistema mais bem preservado do Planeta. “Estudos recentes indicam que 87% do Pantanal é preservado, original, prova que a pecuária não é uma atividade predatória”.

Tecnologias

Durante sua apresentação aos presentes, Maia esclareceu a formação do gado brasileiro – essencialmente zebuíno – adaptado ao clima tropical. Foi a raça que melhor se adaptou à geografia brasileira. Cerca de 80% do gado brasileiro hoje é azebusado, fruto de uma trabalho de mais de 80 anos de melhoramento genético. “O Brasil é o país que mais investe em transferência de embriões no mundo”, explicou. Esses investimentos em tecnologias de melhoramento propiciaram por exemplo, a redução do tempo de abate de 5 anos para 2 anos, em uma década.
Expogrande

Em 2011 a Expogrande será realizada de 14 a 24 de abril. Será a Expogrande do gado comercial. A previsão da Acrissul é de que 30 mil bezerros sejam comercializados durante o 11 dias de exposição. “Vamos consolidar nossa posição de maior feira agropecuária de gado comercial do Brasil”, disse Maia. Há previsões também de comercialização de mais de mil reprodutores durante a Expogrande.

As fazendas canadenses

O Canadá é uma espetacular terra de contrastes no seu clima, geografia e solos. é o segundo maior país do mundo e ocupa mais de 9.900.000 Km2 dos quais apenas 7%, ou 70 milhões de hectares são férteis. Esta área produtiva forma uma faixa estreita ao longo da fronteira meridional.

O inverno canadense, que traz consigo temperaturas baixíssimas a muitas regiões do país, age como um controle biológico poderoso, uma vez que muitos insetos e organismos não conseguem sobreviver ao frio. A diversidade das condições climáticas e tipos de solo divide o Canadá em quatro regiões agrícolas principais: a Atlântica, a Central, as Pradarias e a região Pacífica.

Os rebanhos

O Canadá tem grandes rebanhos de gado de corte, leiteiro e de suínos.

O rebanho de gado de corte conta com mais de 12 milhões de cabeças e é famoso por suas características de crescimento e reprodução e pela qualidade de sua carcaça. A melhoria genética deste tipo de gado tem sido acelerada nos últimos anos, através do uso da inseminação artificial e da transferência embrionária.

Das 1.8 milhão de vacas leiteiras do Canadá, 85% são da raça Holstein. Cerca de 75% das vacas leiteiras são resultados de reproduções feitas com sêmen congelado. Assim, os criadores canadenses desenvolveram animais famosos por sua produção leiteira e longevidade. A produção média de uma vaca leiteira de raça Holstein, criada sob as condições de controle canadense, é de 7700 litros/ano.

A produção de suínos excede as 10 milhões de cabeças, das quais cerca de 1.1 milhão são reprodutores. Criados para suportar condições intensivamente desfavoráveis, o suíno canadense é famoso por sua carne quase sem gordura, resistência e qualidade total.

Os excelentes reprodutores do gado de corte, gado leiteiro e suínos são selecionados para a melhoria dos rebanhos do mundo todo.

A indústria avícola canadense está distribuída de acordo com a concentração populacional de cada região. Devido às condições climáticas, as aves são quase que totalmente produzidas em granjas particulares. Com um sistema altamente eficiente e mecanizado, uma pessoa consegue administrar uma granja com capacidade de produção de mais de 1 milhão de dúzias de ovos por ano. Para o abate de aves, uma só pessoa consegue manipular 350 000 frangos por ano, que vão produzir 640 toneladas de carne.

As informações são da assessoria de imprensa da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul).

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