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Produtores rurais do Paraná terão crédito para construção de silos

Os juros serão baixos e a amortização acontecerá a médio e longo prazo


A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná vai começar em breve estudo de viabilidade econômica para abertura de linha de crédito que permita aos produtores construírem armazéns graneleiros nas propriedades rurais. Os recursos serão obtidos junto ao Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE) e liberados pela Agência de Fomento do Governo no Paraná. Os juros serão baixos e a amortização acontecerá a médio e longo prazo. O anúncio foi feito pelo vice-governador Orlando Pessuti no final da sexta-feira (31-07), em Paranavaí, durante encontro promovido pela prefeitura municipal em homenagem aos agricultores.

Os graneleiros, com capacidade de armazenagem a ser definida, servirão para os produtores de grãos reterem as safras quando os preços de mercado estiverem muito baixos. “De que adianta o agricultor investir em modernas tecnologias, se esforçar ao máximo, obter altas produtividades se na comercialização os compradores lhe oferecerem preços que, às vezes, nem cobrem os custos?”, indagou Pessuti. Com os silos próprios, os agricultores poderão fazer o que todos os técnicos e economistas recomendam: venda parcelada da produção para, ao final, ser obtido preço médio satisfatório.

Pessuti admitiu que a safra estadual de grãos de 2008/2009 será de 25 milhões de toneladas - foram 32 milhões de toneladas no ano agrícola anterior. Estiagem, geadas e chuvas derrubaram produção e produtividade. Ele também lamentou os atuais baixos preços do milho, em parte por culpa da queda mundial no consumo de carnes, por causa da crise internacional e menor utilização do cereal para ração animal.

O vice-governador fez um apelo para que as pessoas continuem consumindo. “Não vamos parar, por exemplo, de consumir carne de porco por causa de uma gripe onde o suíno leva a culpa sem ter. Podem continuar consumindo lombinho, pururuca, costelinha de porco e todos os ingredientes de uma bela feijoada que ninguém será contaminado pela gripe Influenza A”, aconselhou.

O vice-governador enumerou uma série de altos investimentos feitos pelo Governo do Paraná na infra-estrutura do Porto de Paranaguá, a exemplo de terminais para estocagem de produtos agrícolas, assegurando que os benefícios se espalham para todos os produtores rurais paranaenses. Ele citou outros exemplos de prioridade governamental estadual ao setor agrícola, como o fortalecimento dos órgãos e instituições do setor, zeramento da alíquota de ICMS para insumos utilizados na agricultura, veterinária e de ração animal, fundo de aval, desconto na tarifa de energia elétrica consumida à noite em atividades agrícolas e pecuárias, programas Leite das Crianças e Trator Solidário, revitalização de 13 colégios agrícolas que o governo antecessor queria fechar, e Patrulha Rural recuperando estradas em cerca de 200 municípios até o final de 2010.

O deputado federal Moacir Micheletto, presente ao evento, garantiu que o presidente Lula vai sancionar a lei que institui o Fundo Catástrofe para a agricultura. Segundo Pessuti, este fundo vai garantir a remuneração mínima do produtor e não proteger exclusivamente o dinheiro colocado pelos bancos em financiamentos agrícolas, conforme ocorre na atualidade com o Proagro.

Os deputados federais Odílio Balbinotti e Rodrigo Rocha Loures, destacaram que o Paraná é um dos mais beneficiados pelo apoio do governo federal à agricultura familiar. De acordo com Pessuti, em 2002, o Pronaf liberou ao Estado apenas R$ 300 milhões. Em 2008/2009, o valor saltou para R$ 1,4 bilhão.

O vice-governador afirmou que os investimentos federais no Paraná, incluindo crédito para agricultura, refletem a fina sintonia entre o governador Roberto Requião e o presidente Lula. O prefeito Rogério Lonrezetti e o deputado estadual Teruo Kato agradeceram os investimentos estaduais feitos no Noroeste do Estado e que contribuem diretamente para a melhoria de renda e geração de empregos nos municípios do arenito-caiuá polarizados por Paranavaí e Umuarama.

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