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Os produtores da região de Bagé, no Rio Grande do Sul, começaram a retornar de Brasília na quinta-feira (30-06), mesmo não tendo todos os pleitos atendidos pelo governo federal. Alguns ruralistas resolveram permanecer na capital federal com objetivo de acompanhar as negociações que estão sendo feitas, principalmente no que se refere ao preço que o governo vai adquirir o arroz, sendo que a solicitação da categoria é que no mínimo a saca de 50 quilos seja adquirida por R$ 25. Desde segunda-feira, cerca de 25 mil produtores de todo país ficaram acampados em frente à Esplanada dos Ministérios, participando do movimento Tratoraço - "Alerta do Campo".
Na capital federal ficaram seis bageenses que pretendem permanecer em Brasília, até que outros pleitos principais sejam atendidos, como o presidente da Rural, Paulo Ricardo de Souza Dias, Olavo Salles, Gedeão Pereira, Roberto Zago, Eduardo Suñe e Daniel Jardim. Terça-feira haverá uma nova reunião do governo para analisar os pleitos da categoria. Dias faz uma avaliação positiva do movimento que mais uma vez mostrou a união da classe. Ele observa que este foi um movimento ordeiro, com caravanas
de todos os rincões do país.
Durante toda a semana, ele destaca que a classe produtora esteve unida em prol de um objetivo comum, que é continuar na atividade agropecuária. Mesmo inconformado com a posição do governo federal que não atendeu outros principais pleitos da categoria como a questão do preço do cereal, Dias enfatiza que a participação dos produtores no Tratoraço superou todas as expectativas, chegando a cerca de 25 mil, bem acima dos 15 mil previstos. O número de tratores na Esplanada também saltou de uma previsão inicial de dois mil para mais de três mil.
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Com a pressão ao governo federal, os produtores voltaram para casa com anuncio de liberação de R$ 4 bilhões de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), sendo R$ 3 bilhões via Banco Nacional de Desenvolvimento - BNDES, para que os produtores possam cumprir seus compromissos junto às indústrias fornecedoras de insumos, máquinas e equipamentos agrícolas e a importação de agroquímicos dos Mercosul.
O governo somente acenou com a possibilidade de liberar as garantias oferecidas pelos produtores por ocasião do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa) e da securitização para que eles possam acessar os recursos do novo plano agrícola e pecuário.
Os agricultores querem a garantia da prorrogação das parcelas de custeio, suspensão da execução de dívidas e a definição do preço do arroz nos leilões de opção pública da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Dias critica o adiamento das reuniões sobre os problemas do setor para a próxima semana. Ele comenta que mais uma vez o governo federal demonstra estar insensível com as reivindicações da categoria o que na sua avaliação demonstra que o presidente Lula não quer apoiar o setor produtivo. "Esses anúncios feito pelo governo não agradaram como um todo a categoria tendo em vista que os principais pleitos até o momento foram desconsiderados", lamenta Dias ao relatar que os produtores saíram da capital federal descontentes.
De acordo com o presidente, os manifestantes tinham a pretensão e o desejo de saírem de Brasília com ações que realizassem política agrícola no país que até hoje não foi constatada. No entanto, ele observa que os anseios não foram levados em conta e o governo não tomou medidas estruturais que possam garantir a produção para os próximos anos. "O governo vem agindo mal com o produtor", lamenta.
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