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Profissionalização no campo requer atenção no tema da sucessão

Tema foi discutido na Arena Pessoas do Mosaico do Agronegócio que também abordou as novas tecnologias


Foto: Divulgação

A Arena Pessoas do Mosaico do Agronegócio teve como pauta na tarde desta quinta-feira, 9 de junho, a palestra “Engenharia Fiscal e Societária”. O assunto foi ministrado pelo sócio do Escritório Silva e Centeno Advogados, Henrique Pereira Carvalho. De acordo com ele, o avanço do agronegócio combinado com a intensificação da fiscalização em seus segmentos elevaram a necessidade de atenção dos produtores rurais para essas questões em seus negócios.

Essa temática no agronegócio, uma empresa a céu aberto, possui algumas peculiaridades. Trata-se uma atividade sujeita a riscos climáticos, fatores biológicos como doenças e pragas, por exemplo, que impactam a atividade tanto nas lavouras como na pecuária. Cabe ressaltar também o fato de muitos produtores rurais atuarem como pessoas físicas. O Código Civil faculta essa possibilidade, ao contrário de outros setores econômicos. Portanto, não é necessário um CNPJ para o reconhecimento  como empresário.

Entretanto, a profissionalização e modernização do setor faz com que surjam questões jurídicas, fiscais e tributárias de maior complexidade. “Essas são áreas no agronegócio que muitas vezes não tinham aplicação direta, mas isso mudou drasticamente nos últimos cinco anos. 2018 foi vital com a própria modificação da fiscalização dos segmentos do agronegócio e essa alteração gerou a necessidade do produtor rural se estruturar, se formalizar, organizar os contratos que antes eram de forma verbal para formais e escritos”, explicou, complementando também a precisão da transformação de pessoa física para jurídica.

Carvalho detalha que o tema é complexo e tem como premissa para todos os produtores rurais criarem o hábito de lançar de forma computadorizada as entradas e saídas de recursos no livro caixa até para saber identificar de forma mais ágil com os profissionais jurídicos e contábeis os proveitos legais específicos para a atividade agropecuária.

A palestra Novas Tecnologias, novas pessoas complementou a programação da Arena Pessoas. A engenheira-agrônoma Fernanda Falcão detalhou sua experiência na Sementes Falcão, com foco em soja, trigo e aveia branca. “Tudo tem haver com tecnologia e pessoas”, afirmou.

Processos automatizados, busca constante pela qualidade em todas as etapas do negócio - como financeiro, administrativo, produção e comercialização - norteiam a empresa. “Mas a modernização da gestão não começou do dia para a noite. Fazer mudanças significativas levaram um tempo de adaptação”, enfatizou.

Para ela, definir metas a curto, médio e longo prazo é vital para a criação de ações e alcançar objetivos. “A tecnologia é essencial e não temos como fugir dela. Hoje estamos falando em metaverso, virtual e on-line. É inevitável. Mas criar a real conexão com as pessoas, com lembranças e raízes, saber valorizar, entender e escutar os colaboradores é a engrenagem entre quem cria processos e a tecnologia”, pontuou. 

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