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Programa Coopercitrus/Sebrae-SP pretende amenizar crise na citricultura

Foi lançado no dia 6 de março, em Bebedouro, SP, o “Projeto de Citricultura Familiar do Norte Paulista”


Pequenos produtores rurais, com propriedades de até 100 hectares, que lidam diariamente com as dificuldades na citricultura são o foco para o “Projeto Citricultura Familiar do Norte Paulista”, lançado no dia 06 de março, em Bebedouro, SP, pela Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais e o SEBRAE-SP. São 8 municípios beneficiados pelo projeto: Bebedouro, Barretos, Cajobi, Monte Azul Paulista, Olímpia, Pirangi, Taiaçu e Taiúva, todos eles, representados no evento por suas autoridades.   

Fomentado desde 2011, o projeto tem o intuito de ampliar a produtividade dos pomares de citros, produzir um fruto de qualidade e aumentar o volume comercializado, agregando valor aos produtos, e como resultado final, visa elevar o volume de vendas de caixas de laranja por produtor em 20% e reduzir em 5% os custos de produção até dezembro de 2014. “Nada mais justo que um produtor de agricultura familiar seja devidamente remunerado. Inserida neste contexto está a Coperfam (Cooperativa de Produtores Rurais de Agricultura Familiar), constituída recentemente com o apoio da Coopercitrus. Na história da Coopercitrus, criar, apoiar e fortalecer cooperativas e projetos são fatos que se tem refletido por diversas vezes. Não tenho dúvida que este projeto da Citricultura Familiar do Norte Paulista tão bem elaborado e com objetivos e público claramente definidos, com o apoio de entidades sérias e responsáveis, será o sucesso que todos nós esperamos e que sirva de exemplo para novos projetos e parcerias”, comenta João Pedro Matta, diretor vice presidente da Coopercitrus e da Coperfam.

O projeto que tem o apoio da Coordenadoria de Assistência técnica Integrada - CATI, FAESP através dos Sindicatos Rurais de Monte Azul Paulista, de Barretos, de Olímpia e de Bebedouro, Senar e Banco do Brasil, visa acessar verbas disponibilizadas pelos Governos provenientes do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (PPAIS) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), viabilizando o escoamento da produção de pequenos produtores, inserindo seus produtos em programas locais como a merenda escolar. “Este projeto é importante não só para o desenvolvimento desta região, mas de todo o Estado de São Paulo uma vez que a economia paulista principalmente nas pequenas cidades, gira em função das atividades agropecuárias e, normalmente, a citricultura é muito especial nesse setor. 

O SEBRAE é uma entidade que tem voltado boa parte do seu esforços para ajudar o homem do campo, principalmente o pequeno produtor rural, ciente das dificuldades por que passa a citricultura, quando o produtor recebe de 5 a 7 reais reais por uma caixa de laranja, sendo que este valor não remunera sequer o custo de produção, não sendo justo para com o pequeno produtor rural. Mas tem saída, nós não queremos transformar o Estado de São Paulo num estado essencialmente monocultor da cana-de-açúcar, nós vamos continuar teimando e acreditando que o melhor caminho para o desenvolvimento do nosso estado é que muitas culturas continuem prosperando, mas isso não se faz só com discurso, se faz com ação, com programa, com planejamento”, explica Bruno Caetano, diretor superintendente do SEBRAE-SP.

Representando a Secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, o diretor do Centro Apta Citrus “Sylvio Moreira”, Marcos Antonio Machado, mostrou empolgação com o projeto destacando que é um bom caminho para vencer a crise, que até então parecia irreversível. “Eu fiquei muito surpreso aqui. No momento da citricultura atual, temos a sensação de que não há caminhos e acaba se perguntando para onde eu vou? Eu vou pra cana, ou outra cultura? Em 20 anos que eu trabalho na citricultura, nunca vi um momento assim tão desanimador e sem perspectiva como este. 

Sentado ouvindo o pessoal falar eu pensei: “este é um exemplo de que temos uma esperança, e que se conseguirmos trabalhar juntos, vamos conseguir atravessar essa crise”. Eu estou vendo aqui uma coisa que é muito importante, o produtor junto com o seu prefeito e o prefeito percebendo que a gestão dele não é só urbana, que a gestão dele também é rural. Foi muito feliz este projeto em contemplar a agricultura familiar porque nós estamos pensando na família que fica na propriedade, que cuida dessa propriedade. Estou saindo daqui de alma lavada vendo que existe uma perspectiva, existe uma esperança e são vocês que têm esse poder na mão, conclui.
 
Andamento do projeto

Em 2012 foram feitos atendimentos aos produtores rurais através do projeto AgroSebrae, com consultorias, palestras e oficinas de gestão e mercado. Outra constante foram as visitas desses produtores ao Mercado Municipal de São Paulo para conhecerem o mecanismo do comércio e a propriedades rurais bem sucedidas. Neste ano, ocorreu também a constituição da Coperfam – Cooperativa de Produtores Rurais de Agricultura Familiar, que além do suporte no campo com o trabalho de agrônomos, palestras técnicas e a comercialização da produção dos cooperados. Também, através da Coopercitrus, oferece todo o suporte necessário na aquisição de insumos, máquinas e implementos agrícolas.

2013 será marcado pela continuidade no amadurecimento mercadológico dos pequenos produtores e pela busca de mercado para a comercialização de seus produtos.     

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