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Programa de Aquisição de Alimentos chega à terceira edição em Pouso Novo

PAA realizou um evento que formaliza o começo da execução do terceiro ano da política pública.


O município de Pouso Novo - pioneiro na operacionalização do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no Vale do Taquari - realizou na tarde de quarta-feira (13/07), no Salão Paroquial, evento que formaliza o começo da execução do terceiro ano da política pública, em âmbito local. Desde que iniciou, em 2014, o programa garantiu para famílias em vulnerabilidade social e integrantes do Bolsa Família, a entrega de centenas de kits de alimentos, todos os meses, com o objetivo de garantir o acesso a alimentos em quantidade, qualidade e regularidade.

Para 2016, o PAA - iniciativa da Prefeitura, com apoio da Emater/RS-Ascar, Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) - possibilitará a 29 agricultores familiares a entrega direta de alimentos para integrantes do Cadastro Único do Governo Federal e também para estudantes de três escolas municipais e estaduais - uma das novidades da edição desse ano. "No total, o programa deverá beneficiar mais de 350 pessoas, num investimento total de cerca de R$ 50 mil", salienta a extensionista Social da Emater/RS-Ascar, Márcia Fonseca.

Márcia ressalta que o valor investido se junta a outros R$ 50 mil aportados pelo programa nos dois últimos anos. "Mas o PAA não é apenas "doação de alimentos" para populações em situação de insegurança alimentar, mas também a promoção da inclusão social no campo, por meio do fortalecimento da agricultura familiar", garante. É exatamente esse o caso do agricultor Ereni Maia, da localidade de Arroio do Leite. Após receber alimentos no primeiro ano do programa, passou a entregar, a partir de 2015, bergamotas comuns para o PAA. "Ficamos contentes com o envolvimento", comemora o produtor.

Para outros agricultores, como é o caso do jovem Adão Belarmindo, da localidade de Medorema, o PAA representa uma alternativa a mais para comercialização da produção. Assim como Belarmindo, os outros produtores se revezarão na tarefa de entregar, mensalmente, alimentos como repolho, brócolis, couve-flor, alface, bergamota, laranja, abacate, doce de goiaba, abóbora, batata-doce, aipim, cuca, pão caseiro, ovos e carne. "A gente fica muito feliz não apenas pelo retorno financeiro que isso representa, mas por entender o benefício social da ação, que envolve toda a comunidade", analisa.

Belarmindo afirma ainda que, para ele, a situação lhe deixa "duplamente feliz". "Há cinco anos cultivava tabaco, com mais de 50 mil pés plantados e, hoje, com o apoio da Emater, produzo comida", sorri. O terreno acidentado, que divide com o pai e o irmão, não o impediu de investir em uma horta com produtos diversificados, como repolho - "o nosso "carro-chefe"", explica -, brócolis, cenoura, beterraba, entre outros. A entrega, feita mensalmente, também encontra em outra política pública - no caso o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (Pnae) - a certeza de demanda garantida.

Além dos beneficiários do programa, o evento contou com a presença de diversas autoridades, entre elas os representantes da SDR, Patrícia Fogaça Fernandes e Ariel Corrêa, o supervisor da Emater/RS-Ascar, João Caíno e o prefeito de Pouso Novo, Luiz Buttini, além de secretários e integrantes de entidades locais. Caíno destacou o pioneirismo do município, valorizando o empenho de todas as entidades na execução da política pública. "É um trabalho que beneficia várias frentes, em especial os produtores, que comercializam seus produtos diretamente, e os beneficiários, que garantem alimentação saudável e de qualidade", completa.

Além de Pouso Novo, outros municípios como Lajeado e Arroio do Meio já operacionalizaram o PAA, também por meio da modalidade Doação Simultânea, através da qual o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), por meio de seus recursos, adquire produtos da agricultura familiar, repassando às entidades beneficiadas. O PAA é uma política pública que não apenas beneficia agricultores familiares, como também permite às entidades que trabalham com público em situação de insegurança alimentar - sejam elas organizações públicas ou privadas de assistência social - encontrarem uma forma de amenizar a deficiência causada pela falta de uma alimentação qualificada.

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