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Programa Mais Água identificará práticas para produção sustentável

Esforço conjunto indicará as melhores práticas de ocupação, uso e manejo do solo


Esforço conjunto indicará as melhores práticas de ocupação, uso e manejo do solo
Depois de quase um ano de tratativas e superação de entraves burocráticos, finalmente nesta quinta-feira (15) à tarde, na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), foi assinado o contrato de repasse de recursos do Governo Federal, via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ao Governo do Estado para a execução do programa "Mais Água".

O programa, que será coordenado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), tem um orçamento R$ 11.317.161,05, sendo R$ 6.790.117,81 bancados pela Finep e os restantes R$ 4.527.043,24 pelo Governo gaúcho, representado pela Seapa e pela Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.

Ele será executado em rede pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Cientec, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria, Faculdade de Horizontina, Universidade Feevale e Embrapa Trigo, contando com o envolvimento de 50 pesquisadores.

A Finep é uma é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e tem como função promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à Ciência, Tecnologia e Inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas.

O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, afirmou que esta é mais uma conquista do processo de revitalização da Fepagro, que se iniciou efetivamente com a redefinição das linhas de atuação e com o início da chamada dos pesquisadores e técnicos concursados. "Além de nos orientar sobre a melhor utilização da água, também vai permitir que consigamos fechar 72 unidades meteorológicas em funcionamento na rede da Fepagro, entre conveniadas e próprias, o que possibilitará um monitoramento qualificado das condições climáticas não só para a agropecuária, mas também para a Defesa Civil, por exemplo", disse Mainardi.

O secretário da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, elogiou o caráter com que vai ser operado esse convênio: "A rede que hoje está sendo montada com a participação de diversas entidades, que não dividirão esforços, mas unificarão ações em beneficio da comunidade gaúcha, é um presente para o Estado, além de servir de exemplo para outras iniciativas, em que a união deve pautar a racionalização e a otimização dos recursos públicos". Ele afirmou que, em função dos tantos entraves, chegou a pensar que não seriam obtidos os recursos, e elogiou a iniciativa do governador Tarso Genro de assegurar contrapartida do Estado para todos os projetos em que houvesse captação de recursos externos.

Com esta verba, segundo o presidente em exercício da Fepagro, Alexander Cenci, a fundação fecha o ano com a captação de R$ 59 milhões em recursos externos. "Essa soma é mais do que o dobro do orçamento da Fepagro, que é de R$ 25 milhões", destacou. Por fim, prometeu que a entidade duplicará esforços para buscar mais verbas em outras esferas para financiar os projetos de pesquisa.

O programa
Os idealizadores do projeto esperam que os resultados a serem obtidos no final possam compor um conjunto abrangente de informações integradas, capazes de indicar as melhores práticas de ocupação, uso e manejo dos solos que determinam a qualidade e a quantidade das águas, tanto no solo como nos rios.

O Mais Água vai identificar e transferir tecnologias que aumentem a infiltração e retenção de água no solo e reduzam o escoamento superficial, minimizem o fluxo de poluentes aos corpos d'água e promovam melhorias na qualidade da água, além de desenvolver modelos matemáticos de infiltração e armazenamento de água no solo, de geração de escoamento superficial e de transferência de poluentes para corpos d'água.

Também vai quantificar o rendimento de grãos e a viabilidade econômica de variados sistema agrícolas produtivos em uso no Estado, quantificar a eficiência da irrigação de sistemas agrícolas produtivos, sob sistema plantio direto e preparo convencional e aprimorar o monitoramento meteorológico no RS, mediante modernização da rede de estações meteorológicas do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS).

Outras metas são a redução do impacto de estiagens no rendimento das culturas, a partir do aprimoramento da previsão do tempo e clima e da adoção de práticas que aumentem a disponibilidade de água no solo, diminuição do problema de enchentes mediante a adoção de práticas que reduzam o escoamento superficial e a diminuição do impacto ambiental gerado pela suinocultura tradicional sobre os corpos d'água por meio da implementação de boas práticas de manejo.

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