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Programa mundial do café sustentável começa em outubro

O café sustentável vai ganhar destaque no mercado internacional com a entrada em vigor do Código Comum para a Comunidade Cafeeira, denominado 4C, no dia 1º do próximo mês


O café sustentável vai ganhar destaque no mercado internacional com a entrada em vigor do Código Comum para a Comunidade Cafeeira, denominado 4C, no dia 1º do próximo mês. A medida criada pela da Associação 4C, composta pelos maiores compradores mundiais do produto, como Nestlé, Melitta e Sara Lee, propõe a ampliação das práticas mundiais de sustentabilidade na cafeicultura, diante do compromisso de aumentar as compras do grão especial.

Os produtores brasileiros devem ser os principais beneficiados pela iniciativa, já que o Brasil é o maior produtor e o segundo consumidor de café do mundo, segundo avalia Fernando Lopes, diretor do Instituto Totum, especializado em gestão de programas de qualidade e certificação, e responsável pela Associação 4C no Brasil.

Pelas estimativas da associação, até 2015 cerca da metade da produção mundial de café deve ser sustentável. No primeiro ano do programa, as vendas mundiais devem ser de três a quatro milhões de sacas, sendo que o Brasil deve contribuir pelo menos com 2 milhões de sacas do café sustentável.

Para aderirem ao programa, os produtores precisam se tornar membros da Associação 4C ou ser associados de cooperativas cadastradas. As principais exigências do código são a ausência de práticas de mão-de-obra escrava e infantil e a preservação do meio-ambiente. No Brasil, o trabalho será analisado pelas certificadoras SGS do Brasil, a RINA e a Fundação Vanzolini. Elas fornecerão as licenças para o cafeicultor vender o produto.

As cooperativas Cooxupé (MG), com cerca de 4 mil associados, e a Cocapec (SP), com mil membros, já se afiliaram ao programa - desenvolvido ao longo dos últimos três anos - além da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). As duas cooperativas adiantaram a produção. Elas devem fornecer já em outubro 1,5 milhão de sacas de café sustentável, disse o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz. Para ele, o Brasil é o país que possui o maior número de produtores no programa mundial.

Reunião da OIC:

Na reunião anual da Organização Internacional do Café (OIC), que começa hoje em Londres, os membros devem incluir no acordo a questão da sustentabilidade do café, que até então não existia. Após quatro anos, o Brasil volta a participar da direção da OIC. José Setti será nomeado para chefe de Operação da OIC, substituindo o argentino Pablo Dubois, que vai se aposentar. Setti já trabalhou em entidades como a Associação Brasileira dos Exportadores de Café (Abecafé). Para governo, a nomeação de um brasileiro na OIC reforça a posição do País como o principal fornecedor do produto.

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