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Programa vai treinar 300 produtores na BA contra a ferrugem

O programa faz parte do manejo estratégico da ferrugem asiática na Bahia


O programa de Manejo Estratégico da Ferrugem Asiática da Soja na Bahia, que entra em sua 4ª fase (safra 2006/07), prevê o treinamento de 300 produtores e técnicos da região oeste e mantém o monitoramento do patógeno através do sistema de alerta. Esta é uma das ações da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que está intensificando as ações de defesa sanitária vegetal em 2007. As diretrizes contemplam ainda as culturas de citros, manga, mamão, uva, banana, pinha, algodão, sisal, além dos projetos Campo Limpo, Controle de Moscas-das-Frutas e de Certificação Fitossanitária de Origem.

De acordo com o diretor-geral do órgão, Altair Santana, todos os projetos seguem a orientação do secretário da Agricultura, Geraldo Simões, no sentido de fomentar o desenvolvimento da agricultura familiar, principalmente nas regiões do semi-árido e sul, bem como de melhorar a vida dos pequenos produtores de todo o estado.

“Os programas contam com recursos próprios da agência, do governo estadual e do convênio firmado com a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), via Superintendência Federal da Agricultura da Bahia (SFA-BA), que se encontra em fase de liberação”, afirmou Santana.

“São ações prioritárias do governo na área da agricultura, pois se constituem como atividade típica de Estado, de interesse baiano e nacional. Trabalharemos com o apoio do governo estadual, da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, do Ministério da Agricultura, além da iniciativa privada e de outras instituições parceiras”, disse o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Cássio Peixoto.

Na citricultura, as ações estão voltadas para a proteção sanitária do estado às pragas ainda exóticas, como a morte súbita dos citros, greening e cancro cítrico, além do controle da leprose em pomares das regiões do Litoral Norte, Recôncavo-Sul, Baixo-Médio São Francisco e Oeste. Visam ainda consolidar o projeto de Produção Integrada dos Citros (PIC), desenvolvido em parceria com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, intensificar a fiscalização do trânsito desses produtos, além de promover palestras educativas em assentamentos e associações de pequenos produtores rurais.

O programa de Controle das Moscas-das-Frutas, executado juntamente com a Biofábrica Moscamed Brasil, começa a implementar, este ano, a prevenção à mosca-da-carambola, praga ainda exótica no nordeste brasileiro. “Mas o principal foco do projeto para 2007 é o incremento da produção e da exportação de frutas frescas para os EUA, Japão, Canadá, Chile e o mercado comum europeu”, frisou Peixoto. Segundo ele, o programa pretende também implantar o sistema de “Área Ampla”, com o objetivo de atender a pequenos e médios produtores, além de consolidar a Área de Proteção Fitossanitária do Vale São Francisco, executado em parceria com o Mapa.

O projeto de Prevenção à Sigatoka Negra visa assegurar a manutenção do estado como Área Livre da principal praga da bananicultura mundial, status alcançado em 2006. O programa tem como estratégia a produção bosques de bananeiras e de espécies resistentes à sigatoka amarela e susceptíveis à sigatoka negra. No mês passado, o município de Bom Jesus da Lapa comercializou cerca de 40 toneladas de banana com países do leste europeu. Até o final de março, mais 80 t da fruta deverão ser exportadas.

O projeto Fitossanitário do Algodão visa garantir os tetos de produção e produtividade da cultura no estado, por meio do monitoramento do bicudo do algodoeiro. Técnicos do programa já finalizaram as fiscalizações da datas-limite de plantio.

Na região Sudoeste, cuja agricultura familiar é a base da cotonicultura, o projeto contará com a participação e intervenção direta da Adab e da EBDA, de modo a permitir uma assistência contínua e permanente aos pequenos produtores. Já na região Oeste, numa articulação com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e Fundação BA, os trabalhos visam o intercâmbio técnico com os consultores da região e fiscais da agência, além de dias de campo, denominados “Dias de Bicudo”, onde o tema central abordará as datas para plantio e arranquio da soqueira.

O projeto Campo Limpo, prossegue com o intuito de aumentar o recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos e manter a Bahia em posição de destaque nacional. A meta estabelecida para este ano é retirar 1.370 toneladas de vasilhames da zona rural, além de implantar três novos postos de recebimento na região oeste, nas localidades de Correntina, Rosário e Formosa do Rio Preto. O trabalho de coleta-itinerante dos recipientes plásticos será iniciado nos municípios de Itabuna, Vitória da Conquista e Irecê.

Dois novos projetos serão desenvolvidos na região do semi-árido. O programa de Controle da Podridão Vermelha do Sisal, com vistas a estabelecer métodos de manejo e controle da doença, mapeando as áreas afetadas, avaliando os gradientes de dispersão e promovendo educação sanitária. E o programa de Manejo Integrado das Anonáceas, desenvolvido na região de Irecê, para o controle da broca da pinha e que, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, produzirá feromônios para conter o avanço da praga.

Ainda em 2007, será intensificada a fiscalização da produção de pupunha na região sul, de modo a evitar a introdução de pragas exóticas na região cacaueira. Serão enfocadas também, as ações de caráter legislativo, através da regulamentação da lei nº 10.434 de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a defesa sanitária vegetal no estado.

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