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Projeto Biomas: equipe do Cerrado apresenta resultados parciais

Objetivo foi apresentar os principais resultados alcançados até o momento e traçar novas metas


Objetivo foi apresentar os principais resultados alcançados até o momento e traçar novas metas

Na última semana, foi realizado no auditório da Embrapa Cerrados (Planaltina-DF) o 4º Workshop do Componente Cerrado do Projeto Biomas. O objetivo do encontro foi apresentar os principais resultados alcançados até o momento e traçar novas metas de atuação.

O primeiro dia do evento foi reservado para que os líderes de cada subprojeto de pesquisa fizessem as apresentações dos resultados. Já o segundo dia focou nos desdobramentos e encaminhamentos de cada subprojeto. Participaram da abertura do encontro o chefe-geral da Embrapa Cerrados, Claudio Karia, e Claudia Rabello, coordenadora do Projeto Biomas na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com o pesquisador Felipe Ribeiro, coordenador regional do Projeto Biomas no Cerrado, o encontro serviu para nivelar as informações e redefinir estratégias. "Nossa grande preocupação é mostrar que os nossos resultados já têm aplicações práticas na indicação de estratégias de plantios e de indicação de espécies para a restauração de APP e de Reserva Legal. Os resultados apresentados mostram que existem várias espécies nativas que podem ser semeadas diretamente no campo, sem a necessidade de produção de mudas nos viveiros", afirmou.

De acordo com a professora Sybelle Barreira, da Universidade Federal de Goiás, já estão disponíveis avaliações de crescimento tanto das espécies exóticas que estão no sistema, quanto das nativas. Ela é membro do comitê gestor do componente Cerrado do projeto e é a responsável pelos estudos relacionados com a produção madeireira na reserva legal. "Nos próximos dois a três anos, o primeiro corte do eucalipto deve ser feito. Esse talvez seja o momento que estamos mais aguardando em termos de expectativa de resultados", contou.

Segundo o pesquisador Daniel Vieira, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, responsável pelos estudos relativos à semeadura direta, foram montados bons experimentos no campo no âmbito do projeto. "A gente tem dados relativos à fase de sucesso de estabelecimento de plântulas de algumas espécies no campo, como o seu custo, por exemplo, mas, quanto à produção, ainda não temos as informações, pois esses experimentos de arranjos de árvores são todos de longo prazo", explicou. "Agora estamos numa fase de repensar o projeto. Na medida em que o fim vai se aproximando, é importante que as coisas se transformem em vitrines tecnológicas, para isso é preciso fazer alguns acertos", ressaltou.

O evento contou com a participação de mais de 25 pessoas de diferentes instituições. De acordo com o pesquisador Felipe Ribeiro, uma das estratégias de futuro definidas foi a redução dos custos da manutenção com o replantio de espécies nativas ou exóticas de recobrimento (espécies de crescimento rápido, de cobertura intensa e com certa facilidade de serem retiradas do sistema no futuro) nos espaços vazios entre as mudas que ainda não se desenvolveram.

Projeto Biomas

O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições, em um prazo de nove anos.

Os estudos estão sendo desenvolvidos nos 6 biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas.

O Projeto Biomas tem o apoio do SENAR, SEBRAE, Monsanto, John Deere e BNDES. No Cerrado, o Projeto Biomas é coordenado pela Embrapa Cerrados, com apoio da Embrapa Florestas, Emater/GO, Instituto Federal Goiano, Universidade de Brasília - UNB e Universidade Federal de Goiás - UFG. 

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