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Projeto Campo Futuro analisa sistemas produtivos em Mato Grosso do Sul e Paraná

Técnicos do projeto Campo Futuro analisaram os custos de produção de algodão do MS e da cana-de-açúcar do PR


Foto: Pixabay

Os técnicos do projeto Campo Futuro analisaram, na quinta (10), os custos de produção de algodão em Chapadão do Sul (MS) e de cana-de-açúcar em Cianorte (PR). Os painéis online, como medida de prevenção à Covid-19, reuniram produtores rurais, assessores técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), técnicos das entidades parceiras do projeto, representantes das federações de agricultura e dos sindicatos de produtores rurais.

Algodão – Dados levantados em Chapadão do Sul apontaram que na última safra houve a utilização de quatro cultivares de algodão com tecnologias distintas para a produção de fibra em duas safras. De acordo com o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues, os resultados foram favoráveis na primeira safra.

“A receita por hectare subiu 14,3% e a produtividade aumentou 3,1% no levantamento desse ano se comparadas ao ano anterior. Em relação aos custos de produção, detectamos que 71% se referem ao desembolso com insumos, dos quais 58% são gastos com defensivos agrícolas e 27,8% com fertilizantes”.

Já na segunda safra, Rodrigues ressaltou que a produtividade foi o maior desafio enfrentado na região.

“Ao comparar com o último levantamento, houve redução de 19%. Isso impactou significativamente na receita por hectare, que teve redução de 11% e elevação de 14,7% no custo total. Nesse sentido, a receita gerada apenas com o algodão segunda safra não conseguiu arcar com os custos totais da atividade nesse período”.

Cana – Segundo o assessor técnico da CNA, Rogério Avellar, a propriedade rural típica da região de Cianorte possui área de 50 hectares com o plantio 100% manual. Já a colheita é 90% mecanizada e 10% manual.

“Em função do clima na região, a produtividade aumentou 6,25%, passando de 80 para 85 toneladas de cana por hectare. A receita foi de R$77,96 por tonelada e custo operacional total de R$70,94. Isso representa margem líquida de R$7,03”.

Por outro lado, acrescentou o assessor, o custo total foi de R$ 91,95 por tonelada de cana. “Com isso, houve prejuízo de R$13,90 por tonelada de cana”.

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