Projeto Central do Boi do Centro-Oeste sai até o dia 23
Com a central a oferta de boi poderá ser organizada conforme a demanda do mercado
Até o dia 23 de maio deve estar concluído o projeto da Central do Boi do Centro-Oeste. O trabalho é feito a três mãos, por representantes das federações de Agricultura de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e de Goiás e tem como proposta principal estabelecer políticas que oportunizem o aproveitamento dos melhores momentos de mercado para ofertar o gado. Na ocasião da apresentação do projeto, que deve ocorrer em Campo Grande, o SIC (Serviço de Informação da Carne ao Consumidor) deve lançar uma campanha para estimular o consumo da carne bovina e para redução da margem de lucro e dos preços no varejo.
A idéia de criação de uma central começou a ganhar coro a partir da reunião do Fórum da Pecuária de Corte ocorrido no dia 11 de março, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande. Segundo Tereza Cristina Corrêa da Costa, da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), a maior dificuldade para estabelecimento da central é montar o banco de dados com informações sobre movimentação de abate, como freqüência, valores e quantidade.
Hoje o preço pago pela arroba do boi gordo comum é de R$ 45,50, o que significa 14,15% menor que no mesmo período de 2004. No caso do animal rastreado são R$ 48,50, retração de 15% comparado aos R$ 57,00 de maio de 2004, segundo dados da assessora econômica da Famasul, Adriana Mascarenhas. Ao mesmo tempo o preço ao consumidor só retraiu 3%, o que não estimula o aumento da compra e de escoamento do produto ofertado.
Diante deste cenário e da grande oferta por conta da perda de pastagem provocada pela estiagem, não há perspectivas muito otimistas em termos de valorização. Embora as exportações continuem firmes, afirma Adriana Mascarenhas, não dão sustentação ao mercado doméstico.