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Projeto da Embrapa viabiliza produção de café no Amapá


Dentro de cinoc anos o estado do Amapá pode deixar de importar café e se destacar no cultivo do produto na região amazônica. A previsão é do pesquisador Gilberto Ken-lti Yokomizo, da Embrapa Amapá (Macapá – AP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que está trabalhando num projeto de seleção de materiais para futuras cultivares de café Robusta, que é rústico e se adapta bem à região.

O projeto, que começou em 2001, está testando 41 progênies, através de unidades de observação, no município de Macapá. Os materiais vieram do estado de Rondônia e são parte dos resultados de um projeto de melhoramento genético desenvolvido pela Embrapa. Até agora, segundo Gilberto Yokomizo, oito desses materiais apresentaram um bom desenvolvimento da planta em condições de baixa fertilidade.

O cronograma do projeto prevê, para julho de 2005, a primeira avaliação de produção. Em seguida, serão selecionadas as cultivares a serem testadas em maior escala. A indicação mesmo das cultivares para os produtores interessados, segundo o pesquisador da Embrapa, só deve acontecer em 2007.

A estréia do estado do Amapá na produção de café acontecerá no próximo ano. A empresa Café Marco Zero projeta, a princípio, plantar 450 mil pés em 500 hectares. O plantio será feito em parceria com 250 colonos, assentados entre os municípios de Porto Grande e Serra do Navio, na região centro-sul.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café-ABIC, a região amazônica consome 5 por cento e industrializa 3 por cento de todo o café produzido no país. O estado do Amapá está bem posicionado: industrializa 1 por cento e consome 4 por cento. O produto é importado de Minas Gerais, Espírito Santo e Pará. Apenas 3 empresas de grande porte processam, embalam e comercializam café no Amapá.

Respondendo por cerca de 30 por cento do mercado internacional, o Brasil é hoje o maior produtor de café do mundo. A Colômbia aparece na segunda posição com 14 por cento, seguida pela Indonésia com 7 por cento. Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná, respectivamente, são os estados brasileiros que se destacam na produção. O mercado consumidor brasileiro é o segundo maior, perdendo apenas para os Estados Unidos.

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