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Projeto quer alavancar algodão em São Paulo

Grupo de produtores vem se destacando ao produzir algodão de alta qualidade no Estado


Foto: Marcel Oliveira


Um grupo de produtores vem se destacando na produção de algodão de alta qualidade em São Paulo. Com liderança nacional do Mato Grosso e Bahia, as terras paulistas ainda são incipientes na produção da pluma. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o Estado deve produzir na safra 2020/21 apenas 7,4 mil toneladas de pluma em 4,7 mil hectares.

Esse cenário deve mudar. A Cooperativa Agro Industrial Holambra acaba de lançar o projeto Ouro Branco, que visa expandir as áreas dessa cultura no sudoeste paulista. Segundo o presidente executivo da Cooperativa Holambra, Shandrus Hohne de Carvalho, por meio do projeto, haverá a expansão das áreas de cultivo do algodão, fortalecendo a produção. “Hoje, a cooperativa já produz e beneficia um dos melhores, senão o melhor algodão do Brasil. A qualidade de nossa fibra é padrão exportação em resistência, comprimento e micronaire (maturidade), de forma geral, estamos acima do padrão exportação. Esse projeto chega para confirmar essa tendência e ampliar as possibilidades de nossos cooperados e parceiros”, comenta. 
 
Para dar ainda mais força ao projeto, várias melhorias já estão sendo implementadas na unidade, como investimento estrutural nas usinas, investimento em qualificação dos colaboradores, investimento em equipamentos, melhorias nos processos resultando em eficiência operacional, com produção acima de 1.300 fardos/dia de pluma de algodão. “Tudo isso por que nosso foco é ter o melhor algodão do Brasil, tanto em termos de qualidade quanto de produtividade”, comenta.  
 
Já para os produtores rurais, o projeto vai fornecer suporte em diversas frentes, que vão desde a parceria de colheita, redução do valor dos insumos chegando até uma linha de crédito. “Identificamos as principais dores e vimos muitas oportunidades para os produtores de algodão, por isso, estruturamos um projeto que vai ajudar o empreendedor rural a ter ainda mais sucesso e retorno financeiro com esse cultivo”, explica a Gerente Logística da cooperativa, Fernanda Langner.
 
Ainda segundo Fernanda, o projeto conta com toda expertise, infraestrutura e os processos já bem estabelecidos da Cooperativa Holambra, que vão desde a colheita até o beneficiamento. Mas, sobretudo, há um diferencial primordial, a alta qualidade do algodão proveniente da cooperativa, reconhecida por dois dos maiores laboratórios de classificação do Brasil, Amipa, de Uberlândia (MG) e Agopa, de Goiânia (GO). “Qualidade intrínseca da fibra padrão exportação e acima (comprimento, resistência e maturidade), rendimento da pluma acima da média, 150 arrobas por hectare, investimento em tecnologia para manejo e colheita, aplicação de insumos, controle do bicudo – manejo. Enfim, isso tudo vai favorecer o Ouro Branco de uma forma determinante”, comenta.  
 
Não serão somente os cooperados que se beneficiarão do projeto. Demais produtores rurais da região também poderão se tornar parceiros e utilizar as usinas de beneficiamento da cooperativa, na cidade de Paranapanema (SP), e em um segundo momento, comercializar o produto, também por meio da cooperativa. “As vantagens para os produtores são inúmeras. Estamos proporcionando uma oportunidade histórica para que empreendedores rurais obtenham um sucesso extraordinário com essa cultura”, finaliza Fernanda. 
 
A unidade conta ainda com uma parceria com a Associação Paulista dos Produtores de Algodão (APPA) para certificação de produtores (selo ABR-BCI) e usinas ABR-UBA, todas com o respaldo da Associação Brasileira Produtores de Algodão (ABRAPA). O projeto deve fomentar a geração de empregos na região, já que em anos anteriores, a safra do algodão chegou a empregar mais de 100 colaboradores temporários.
 
 

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