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Projeto visa a recuperação e preservação da sub-bacia do Córrego São João, no Vale do Jequitinhonha

Emater-MG é parceira da iniciativa que tem protegido nascentes e evitado o assoreamento do rio


Diminuição do volume de água e assoreamento. Esses são alguns dos problemas enfrentados pela sub-bacia hidrográfica do Córrego São João, que banha os municípios de Padre Paraíso, Ponto dos Volantes e Itaobim, no Vale do Jequitinhonha. Visando a recuperação do espaço, os municípios, em parceria com a Emater-MG e outras instituições, implantaram o Projeto de Revitalização da Sub-bacia do Córrego São João. Entre as ações estão a construção de bacias de captação de água de chuva, proteção de nascentes e educação ambiental.

O córrego São João exerce uma função importante para a agropecuária da região, principalmente para a produção de banana, hortaliças e piscicultura. A implantação do projeto foi motivada pela redução da vazão do córrego e problemas, como assoreamento, desmatamento da mata ciliar, nascentes desprotegidas e o lançamento de esgoto doméstico na sub-bacia.

A revitalização do São João começou no ano passado. Até agora foram construídas 270 bacias de captação de água de chuva, protegidas 11 nascentes e realizado o plantio de cerca de 300 mudas nativas para a recuperação da mata ciliar. Também foi feita a adequação de 50 quilômetros de estradas. Essas ações têm como objetivo melhorar a infiltração de água no solo e combate à erosão.

De acordo com a coordenadora técnica regional da Emater-MG, Joselaine Lopes, essas ações contribuem de maneira impactante para a preservação e recuperação da sub-bacia do córrego, que integra a bacia hidrográfica do Rio Jequitinhonha. “É uma forma de aumentar a disponibilidade de água em quantidade e qualidade. Além disso, melhorar a gestão ambiental garante o desenvolvimento sustentável nas comunidades”, afirma.

O projeto ainda visa a conscientização de estudantes e agricultores sobre a importância de preservação do córrego São João e do meio ambiente. Nesse primeiro ano de projeto, foram realizadas palestras em escolas e reuniões com produtores de todos os municípios beneficiados pela sub-bacia hidrográfica.

“Como ponto fundamental para o êxito do programa, prevê-se a conscientização e sensibilização dos atores locais através de ações educativas nas escolas e comunidades para que eles atuem como multiplicadores nas comunidades e municípios”, diz a coordenadora.

Para este ano está previsto a construção de mais 80 bacias de captação de água de chuva, o cercamento de 5 nascentes, a adequação de 10 quilômetros de estradas, o plantio de mudas e a implantação de fossas sépticas biodigestoras para evitar que o esgoto doméstico seja lançado no rio.

“Apesar de ser possível notar uma melhora no volume de água, é preciso continuar com os trabalhos para que o córrego volte à sua vazão normal”, lembra Joselaine Lopes.

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